Depoimento de hacker dá força para CPMI investigar militares de alta patente

A relatora da CPMI do 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), publicou em seu perfil no Twitter que o grupo não poupará ninguém

17 ago 2023 - 15h49
Nesta quinta, 17, a CPMI do 8 de Janeiro ouve o hacker Walter Delgatti.
Nesta quinta, 17, a CPMI do 8 de Janeiro ouve o hacker Walter Delgatti.
Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

As declarações do hacker Walter Delgatti sobre a participação de militares em tramas para fraudar urnas mudaram o ambiente político da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos do dia 8/1. Após as afirmações de que atuou junto ao Ministério da Defesa para fraudar as urnas a pedido de Jair Bolsonaro (PL), há possibilidade da investigação avançar sobre os comandantes das Forças Armadas.

Até aqui, ainda que existam indícios de que o comando das Forças esteve diretamente vinculada à falta de segurança no dia 8/1, a CPMI evitou convocar e investigar membros do alto escalão das Forças Armadas. O entendimento era de que militares que participaram de atos golpistas agiram de maneira isolada, sem direcionamento dos comandantes. Membros da base governista, que são maioria da CPMI, contaram à coluna que, com as falas de hoje, militares devem ser convocados para prestar esclarecimentos.

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A relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), publicou no seu Twitter que o grupo não poupará “ninguém, inclusive, aqueles que se enconderam na farda para cometer atos golpistas. De recruta a general, ninguém será poupado”. 

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Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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