Dia 8/1 é data para valorizar e defender a democracia, diz ministro Pimenta

Para ele, a falta de nomes da oposição no ato no Congresso é porque uma parcela da sociedade que tem identidade com as lideranças golpistas

8 jan 2024 - 12h15
(atualizado às 12h19)
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O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que o dia de hoje, 8 de janeiro, é "uma data para a gente valorizar e defender a democracia". Em entrevista à coluna, em frente ao Palácio do Planalto, Pimenta afirmou que as celebrações desta segunda têm o objetivo de "chamar a atenção da sociedade brasileira, que a democracia é um valor que precisa ser permanente defendido e valorizá-lo".

"Prova disso é que no dia oito de janeiro do ano passado, nós tivemos uma tentativa de golpe, poderia ter mergulhado o país numa crise de consequências absolutamente imprevisíveis. Imaginem vocês se fossem cumpridos os protocolos de segurança. Em qualquer lugar do mundo, existe protocolo de segurança que, quando há tentativa de invasão da sede de algum dos poderes, de que a segurança abra fogo. Imagina se as pessoas tivessem sido baleadas ou mortas, como foi no Capitólio? O que isso teria desencadeado, além da GLO [Garantia da Lei e da Ordem, medida que dá aos militares comando sobre determinado período], Que outras consequências o Brasil teria vivido?", questionou o ministro.

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Ministro Paulo Pimenta (Secom) em entrevista à coluna Guilheme Mazieiro
Ministro Paulo Pimenta (Secom) em entrevista à coluna Guilheme Mazieiro
Foto: Guilherme Mazieiro/Terra

O ato desta segunda acontecerá no Congresso Nacional com a presença do presidente Lula (PT), e dos presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. Ainda que tenhm sido convidados, dezenas de lideranças e nomes da oposição, como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), 30 senadores contrários ao governo, e outros, não participarão do evento. As justificativas vão desde questões familiares, a viagens, férias e outros compromissos.

"Eu entendo que existe uma parcela da sociedade que tem uma identidade com as lideranças principais deste ato golpista. Há uma investigação em curso e, provavelmente, na hora que forem identificados os mentores intelectuais desse golpe, os financiadores, nomes da política vão surgir", disse Pimenta.

"E essas pessoas, evidentemente, têm compromisso, tem afinidade com eles, de alguma forma, se preservam, outras pessoas, não veem em função de agenda. É um período em que muitas pessoas estão viajando. Já tinham programado as suas férias. Eu acho que isso é absolutamente natural", complementou o ministro.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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