O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) desconversou sobre a possibilidade de deixar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no rearranjo político que está sendo estudado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Questionado pela coluna, ele limitou-se a dizer: "Este é um tema do presidente".
Alckmin participou de um evento na Base Aérea de Brasília, nesta quinta-feira, 20, em celebração aos 150 anos de Santos Dumont, pai da aviação e patrono da Força Aérea Brasileira (FAB). O vice-presidente foi abordado quando saía da base e não respondeu a outros questionamentos. A assessoria alertou que, apesar dos pedidos da coluna e de outros jornalistas, ele não estava falando sobre o tema.
A pasta de Alckmin é almejada pelo centrão e pode ser uma das que devem passar por trocas de comando na minirreforma de Lula. Além da importância da pasta, a eventual troca seria um "corte na carne", sem a necessidade de mexer com outros ministérios já negociados com partidos aliados.
Entre os partidos que devem ser acomodados no governo estão o PP e o Republicanos, legendas que estavam na coligação do PL de Jair Bolsonaro e disputaram a Presidência contra o PT nas eleições de 2022. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniu com os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA), na terça-feira, 18.
Com a volta de Lula ao Brasil após viagem a Bruxelas, na Bélgica, as conversas devem avançar para efetivar trocas na Esplanada e acomodar novos aliados do centrão.