O governo Lula (PT) avalia medidas que pode adotar contra uma página que fez publicações com declarações falsas, atribuídas ao futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. A publicação feita às 11h da terça, 17, repercutiu em grupos de analistas e operadores do mercado, logo depois, por volta de 12h15, o dólar atingiu o valor máximo de R$ 6,20. A escalada da moeda americana ocorre desde o início do mês, com o anúncio de ajuste fiscal do governo e da proposta de aumentar a cobrança de impostos para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês para compensar a isenção de quem ganha até R$ 5 mil por mês.
A coluna apurou que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) levanta informações sobre o caso e analisa a possibilidade de pedir investigações ou outros encaminhamentos. O assunto chegou também à Advocacia-Geral da União (AGU), que está a par da questão, mas só poderá atuar formalmente se for acionada formalmente pelo Banco Central.
O perfil responsável pela postagem, "Insiders Capital", tinha cerca de 3,5 mil seguidores e nesta quarta-feira aparece apagado. A página da conta apresenta a mensagem "este perfil não existe".
A publicação trazia declarações falsas, de que Galípolo teria dito que a alta do dólar seria artificial e que "a moeda dos Brics nos salvaguardaria da extrema influencia que o dólar exerce no nosso mercado". Em outra pubicação, a página dizia que o diretor do BC teria chamado o dólar de "moeda estadunidense" e indicando que a meta do BC seria levar a cotação a R$ 5. No entanto, Galípolo não teve agendas em que pudesse ter dado essas declarações.
Pela manhã, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, fez uma postagem nas redes sociais dizendo que a internet "não é terra sem lei e os criminosos serão identificados".
A internet não é terra sem lei e os criminosos serão identificados! pic.twitter.com/j7FxNJzynk
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) December 18, 2024