Investigação de Marielle chega ao STF após menção a autoridade com foro

Ex-vereadora e motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros 6 anos atrás, até hoje não se sabe quem são os mandantes

14 mar 2024 - 20h03
(atualizado às 20h09)
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiro
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiro
Foto: CartaCapital

A investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação da morte estava no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e foi remetida ao STF após provas mencionarem uma pessoa com foro privilegiado.

Ainda não há informações divulgadas sobre o cargo e quem é essa pessoa, nem o grau de envolvimento ou em que contexto aconteceu a menção. O caso corre sob sigilo. A notícia foi divulgada pelo G1 e confirmada à coluna por duas fontes com acesso a informações sobre o caso.

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O caso corria pelo STJ, por haver citação a uma autoridade com foro relativo àquela corte, como é o caso de governadores, conselheiros de tribunais estaduais de conta e desembargadores. Com novas informações, a investigação foi alçada ao Supremo.

O foro privilegiado no STF vale para casos de autoridades como presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, membros dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores. 

A morte de Marielle e Anderson completou seis anos nesta quinta, 14, sem que as investigações indicassem os mandantes e as motivações do crime.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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