O líder da bancada evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), considerou “lamentável” a decisão da Receita Federal que suspendeu um ato do governo Jair Bolsonaro (PL) que ampliava a isenção de impostos de igrejas sobre remunerações e salários de pastores.
“Lamentável. Para um governo que diz reconhecer a importância das religiões e a necessidade de aproximação do segmento, fazer um movimento desses é incompreensível”, disse Câmara em mensagem enviada à coluna.
A medida é assinada pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta, 17. Com o ato de Barreirinhas, as igrejas e instituições vocacionais devem voltar a pagar os valores, que passam a ser considerados remuneração direta. A medida adotada no governo Bolsonaro considerava remuneração apenas parte dos pagamentos sobre aulas ou atividades laborais.
A decisão que ampliava a isenção fiscal foi tomada a duas semanas do início das eleições presidenciais. O gesto foi um aceno aos evangélicos, segmento que foi alvo tanto de Bolsonaro quanto de Lula (PT).
Em entrevista à coluna, no ano passado, Câmara já havia critiaco a gestão petista e dizia que a Frente Evangélica fazia oposição na ‘trincheira de defesa de princípios’.