O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), estimou que a perda de arrecadação de impostos em razão do impacto das chuvas e enchentes no estado devem ficar entre R$ 6 bilhões e R$ 10 bilhões. O tucano está em Brasília para um evento da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília e tenta se reunir com Lula (PT) para pedir mais ajuda do governo federal.
O pedido de agenda com Lula foi feito pela equipe de Leite no início da semana, mas não foi confirmado e não consta na agenda do petista nesta quarta, 5. Fontes no Planalto relataram à coluna que a reunião deve acontecer nesta quinta, 6, no Rio Grande do Sul. Ao final do evento de apresentação de dados do Ministério de Meio Ambiente, Lula disse a jornslitas que se reuniria com os governadores presentes para "um café".
O presidente irá ao estado pela quarta vez desde o início da tragédia climática. Lula deve ir ao bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul, onde 650 moradias foram destruídas e em Arroio do Meio, em visita a cozinha solidária do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).
O governador tenta viabilizar um programa custeado pelo governo federal para recomposição de receitas e manutenção de emprego e renda voltado para empresas com custeio de parte dos salários para redução de jornada, semelhante ao que foi feito na pandemia.
No mês passado, Lula sancionou a lei que suspendeu o pagamento das parcelas e dos juros da dívida do estado até o final do ano. A estimativa é de que sejam poupados R$ 23 bilhões com a medida. O passivo do estado com a União gira em torno de R$ 100 bilhões.
“No que diz respeito a arrecadação, a gente entende que esteja falando de algo em torno de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões até o final deste ano em termos de queda de arrecadação do estado e dos municípios que precisaria ser suportado pela União, como foi na pandemia, porque é o ente que tem capacidade porque pode emitir dívida, porque tem fôlego financeiro para poder atender essas necessidades”, disse Leite a jornalistas no Palácio do Planalto.