Lula diz que só D. Pedro II e Getúlio Vargas viveram mais "problemas" do que ele

Presidente fez anúncio de medidas de ajuda financeira a municípios e trabalhadores atingidos pelas chuvas no Rio Grande do Sul

6 jun 2024 - 17h08
(atualizado às 17h16)
Presidente da República, Lula (PT), durante visita ao bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul (RS).
Presidente da República, Lula (PT), durante visita ao bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul (RS).
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Lula (PT) disse nesta quinta, 6, que apenas duas pessoas tiveram mais experiência com problemas no país do que ele: o imperador D. Pedro II (1825-1891) e o ex-presidente Getúlio Vargas (1882-1954). A fala aconteceu durante visita a cidades do Rio Grande do Sul enquanto fazia anúncio de medidas de ajuda ao estado.

“Muita gente me olha e fala, pô, o Lula nem diploma universitário tem. Só tem três pessoas que têm mais experiência que eu neste país. Três pessoas. D. Pedro [II], que governou durante quase 70 anos até a proclamação da República. O Getúlio Vargas, que fez a Revolução de 30, ficou até 1945 e depois foi eleito em 1954. Depois dos dois, só eu. Ninguém tem a quantidade de experiência que eu tenho, de viver problemas neste país”, disse Lula.

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O presidente cometeu um equívoco ao dizer que Vargas foi eleito em 1954. O ex-presidente foi eleito em 1950 e permaneceu no cargo até 1954, quando se suicidou em meio a uma crise política. Já o imperador D. Pedro II, entre diferentes contextos políticos, quando criança, foi príncipe imperial de 1826 a 1831 e imperador de 1831 a 1889, um período de 63 anos.

Durante o evento foram assinadas três medidas provisórias. Uma para apoio financeiro de R$ 124 milhões a municípios que não tinham sido atendidos. Um segundo texto para ampliar o número de famílias que receberão o pix do Auxílio Reconstrução de R$ 5,1 mil - a quantia será pega pela Caixa Federal. A terceira medida permite pagamento de duas parcelas de um salário mínimo (R$ 1.412) diretamente ao trabalhador, em valor equivalente à parcela de sua remuneração. Neste caso a empresa do trabalhador precisa aderir à proposta e se comprometer a não fazer demissões por quatro meses. A estimativa é de que esta medida atinja 430 mil trabalhadores.

Esta é a quarta visita de Lula ao estado desde a tragédia que matou 172 pessoas e deixou centenas de milhares desabrigados.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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