O presidente Lula (PT) disse nesta segunda, 1º de julho, que fica “torcendo por Biden” e que “Deus queria que [ele] esteja bem de saúde e possa concorrer” às eleições americanas. Durante o primeiro debate entre o presidente Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump, na semana passada, o atual mandatário mostrou lentidão para responder perguntas e dificuldade de estabelecer raciocínio em alguns momentos.
Segundo relatos à CNN americana e ao The New York Times, o desempenho do Biden assustou aliados que cogitam a troca do candidato para o pleito que acontece no dia 5 de novembro.
“Fico torcendo pelo Biden, Deus queria que ele esteja bem de saúde, Deus queria que ele possa concorrer. Se não, o partido Democrata pode indicar outra pessoa. Aqui, eu tava preso, indiquei o [Fernando] Haddad, faltava poucos meses para campanha e ele teve uma boa participação pelo curto prazo que participou”, disse o petista fazendo referência à eleição de 2018, vencida por Jair Bolsonaro (PL).
As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Princesa, em Feira de Santana (BA). O petista ponderou que "tem que tomar cuidado" para não criar "animosidade" ao defender uma candidatura, pois ele ainda será presidente quando o vencedor das eleições tomar posse, em 2025.
“Biden tem um problema, ele está andando mais lentamente, demorando mais para responder as coisas, possivelmente esteja pensando. Mas quem sabe da condição do Biden é o Biden”, afirmou Lula.
Lula criticou Trump, a quem chamou de "cidadão mentiroso", citando análise do jornal The New York Times sobre delarações falsas ditas pelo ex-presidente. Sobre Biden, o petista disse que ele demonstrou uma certa "morosidade" para responder às perguntas, mas "só ele pode dizer" se tem ou não condições para se manter na disputa.
O presidente americano tem 81 anos e é questionado pela imprensa e políticos republicanos e democratas por sua capacidade física e mental para se manter à frente do cargo. O temor do mal desempenho dele no debate é de que o favorito Trump amplie a margem de vantagem junto ao eleitorado.
“As eleições nos EUA são muito importantes para o resto do mundo. A depender de quem ganhe e de que política externa quer ter os EUA, a gente pode melhorar ou piorar o mundo”, considerou o presidente.