Para acomodar os novos aliados PP e Republicanos no governo, o presidente Lula rifou mais uma mulher dos seus ministérios: Ana Moser. Ela é a segunda mulher a perder o cargo por conta da reforma ministerial de Lula. Em julho, Daniela Carneiro foi tirada do Turismo para que o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) assumisse, em uma acomodação com o União Brasil.
Atualmente, dos 38 ministérios (considerando o de Micro e Pequenas Empresas, cuja criação foi anunciada por Lula), apenas nove são ocupados por mulheres:
Saúde - Nisia Trindade
Planejamento e Orçamento - Simone Tebet
Gestão - Esther Dweck
Ciência e Tecnologia - Luciana Santos
Mulher - Cida Gonçalves
Meio Ambiente - Marina Silva
Povos Indigenas - Sonia Guajajara
Igualdade Racial - Anielle Franco
Cultura - Margareth Menezes
No lugar de Moser, será nomeado o deputado André Fufuca (PP-MA). O anúncio foi oficializado nesta quarta-feira, 6, pelo Palácio do Planalto.
Na dança das cadeiras, Márcio França deixará o Ministério de Portos e Aeroportos para o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). França assumirá o novo Ministério de Micro e Pequenas Empresas, que será criado para abrir espaço político. Ao contrário de França que será realocado, Moser deve ficar sem pasta. Oficialmente, não há informações sobre qual função ela ocupará no governo.
Durante a campanha, Lula se recusou a firmar compromisso para que metade das pastas da Esplanada fossem ocupadas por mulheres.
“Não sou de assumir compromisso, de me comprometer a fazer metade, indicar religioso, indicar mulher, indicar negra, indicar homem”, disse durante debate na Band, em agosto. Ainda assim, na ocasião, o petista disse que trabalharia para aumentar a representatividade feminina.