O presidente Lula (PT) voltará a despachar do Palácio do Planalto nesta sexta, 25, seis dias após ter sofrido um acidente doméstico no banheiro do Palácio da Alvorada (residência oficial) e machucado a cabeça. Apesar do retorno à rotina do Palácio, ele não viajará para São Paulo, onde a campanha de Guilherme Boulos (Psol) tinha expectativa de recebê-lo para um último ato antes da eleição e também não votará em São Bernardo do Campo. No seu município eleitoral e berço político, disputam o segundo Marcelo Lima (Podemos) e o deputado federal Alex Manente (Cidadania).
Nesta quarta, 23, a primeira-dama, Janja da Silva, já havia sinalizado a jornalistas a possibilidade do presidente não ir a São Paulo. Agora, a informação foi confirmada oficialmente à coluna pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).
Ao sofrer o acidente, Lula foi socorrido pela equipe médica da Presidência e encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês em Brasília. Ele passou por exames que constataram um ferimento corto-contuso, que significa um corte na pele quanto um machucado nos tecidos mais profundos.
O presidente foi acompanhado pelos médicos, Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio e passou por outros exames de imagem. Por orientação médica para evitar deslocamentos longos, Lula cancelou a viagem à reunião dos Brics na Rússia. Ele foi liberado para trabalhar em "home office" e despachou do Alvorada.
Na segunda, o presidente se reuniu com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, além de dar outros despachos. Na terça, Lula participou remotamente da reunião dos Brics e condenou a guerra na Faixa de Gaza, afirmando que a região se tornou "o maior cemitério de crianças no mundo".