Militares da Marinha, Aeronáutica e Exército iniciaram nesta segunda-feira, 6, o cumprimento da Garantia da Lei e da Ordem determinada pelo presidente Lula (PT) na última semana. A medida de combate ao crime organizado, segundo Lula, é para que os militares atuem de maneira integrada com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal até maio de 2024, quando termina o prazo de validade.
A operação foi anunciada 10 dias após milicianos queimarem 35 ônibus e um trem no Rio de Janeiro. Um dos principais objetivos é a apreensão de armas e drogas. O decreto da GLO foi publicado no Diário Oficial da União nesta segunda, assinado pelo ministro da Defesa, José Múcio.
Segundo os comandantes das Forças Armadas, 3,7 mil homens devem ser utilizados na operação. Com a autorização da GLO, militares podem, por exemplo, fazer abordagens dentro de portos e aeroportos, fiscalizar cargas e o entorno desses terminais.
Além dos portos, a Marinha atuará na Baía de Guanabara e em Sepetiba (RJ), e no porto de Santos (SP) e no Lago de Itaipú (PR). Já a Aeronáutica, nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). A presença e fiscalização em fronteiras deve ser reforçada.
Em entrevista à coluna, na semana passada, o comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Olsen, disse que o principal ganho com a GLO é o compartilhamento de informações de inteligência entre órgãos do Brasil e do exterior com a atuação dos marinheiros dentro dos portos para realizar fiscalizações e operações.
“Vamos contar muito com dados de inteligência sobre embarcações, monitorando desde antes de chegarem ao porto, características, origem, destino. A GLO assegura a estrutura adequada de comando e controle para atuação da Marinha”, disse Olsen.