O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o presidente Lula (PT) continua refletindo sobre uma reforma ministerial. A dança nas cadeiras na Esplanada é cobrada por parlamentares de partidos de centro que integram a base do governo. A mesma visão é compartilhada por assessores do presidente, que veem a necessidade de ajustes políticos para melhorar a relação com o Congresso e garantir entregas nesta segunda metade de mandato.
“O presidente não tomou qualquer decisão sobre isso [reforma ministerial], esse assunto não foi pauta da reunião. E o presidente continua refletindo, ele pode trocar ministro, ministra, como qualquer outra função a qualquer momento”, disse Rui Costa a jornalistas nesta segunda, 20, após reunião ministerial coordenada por Lula.
O ministro comentou uma entrevista que deu à GloboNews no começo do mês, quando disse que o presidente poderia fazer uma mudança ministerial até o final de janeiro.
"É diferente do futebol, em que se tem um prazo para contratar jogador de fora e isncrever no campeonato. Aqui não tem, o presidente pode substituir a qualquer hora. Portanto não há previsão de data de início e de fim de reforma ministerial", disse Costa.
O presidente Lula reuniu os 38 ministros do governo nesta segunda, 20, para a primeira reunião ministerial do ano. O encontro durou cerca de 7 horas na Granja do Torto, residência de veraneio da Presidência, em Brasília. Além de ouvir ministros sobre ações prioritárias e entregas de suas pastas, o petista tratou da importância da comunicação como instrumento para dar visibilidade e fazer chegar à população as conquistas do governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou seus ministros e reafirmou o poder do chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre atos normativos dos ministérios. Sem citar diretamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ele reclamou de medidas que são publicadas sem conhecimento do Planalto.
Na semana passada, a gestão Lula 3 sofreu uma das maiores derrotas até aqui com a mudança nas fiscalizações da Receita Federal sobre o Pix. Em meio a uma enxurrada de fake news, pressão da oposição e dificuldade de explicar com clareza qual o objetivo das novas normativas, o governo desistiu do embate, recuou suspendendo as novas regras e editou uma medida provisória para reforçar a isenção de cobranças sobre o Pix.
