A pesquisa Datafolha desta quinta, 19, mostrou que a cadeirada de Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) não provocou um impacto estrondoso na intenção de voto. O cenário se mantém mais ou menos estável, com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) na ponta, empatados na margem de erro. O ex-coach aparece como terceiro nome, se distanciando de um eventual segundo turno. Veja os dados aqui.
Ainda que a agressão de Datena contra o também violento (verbalmente falando) Marçal não tenha alterado o quadro geral, a rejeição de quatro candidatos oscilou para cima: Nunes, Boulos, Marçal e Datena. Esse retrato acontece em meio a uma campanha que é violenta desde o início e tem debates provocativos com pouca discussão sobre propostas. Mesmo Nunes e Boulos que não foram às vias de fato, logo após a cadeirada de Datena e a retomada do debate que havia sido enterrompido, bateram boca.
A rejeição é um obstáculo para quem for ao segundo turno, porque pior do que não ter o voto do eleitor, é ser visto com repulsa. É uma conquista mais difícil.
O espetáculo na política ficou cada vez mais presente e viralizam com facilidade nas redes sociais. A impressão que fica é de que há um limite para essa performance truculenta. Ainda mais para o eleitor paulistano que é, historicamente de centro, indo às vezes um pouquinho para direita ou para esquerda. Os dados da pesquisa desta quinta mostram que Marçal lidera em rejeição. A seguir comparei os dados desta semana com os da semana passada:
Marçal - 47% (antes eram 44%)
Boulos - 38% (antes eram 37%)
Datena - 35% (antes eram 32%)
Nunes - 21% (antes eram 19%)
A margem de erro é de 3 pontos percentuais, ou seja, os quatro oscilaram para cima.
Apenas para considerarmos o que foi a eleição de 2020, resgatei os dados do Datafolha. As rejeições naquele ano apresentavam mais estabilidade e até queda entre alguns nomes, como Bruno Covas (PSDB), que foi eleito naquele pleito.
A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta, 19, entrevistou 1.204 pessoas entre terça-feira, 17, e quinta-feira, 19, com margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o código SP-03842/2024.