Uma operação da Polícia Federal com o ICMBio fechou, nesta terça, 30, um garimpo ilegal de cobre próximo à Vila Nova Jerusalém, em Canaã dos Carajás (PA) - a 800 km de Belém (PA). Durante a ação, 26 pessoas foram resgatadas de trabalho em condições análogas à escravidão. Uma pessoa foi presa por posse ilegal de material explosivo. No mesmo local, em agosto do ano passado, já tinha acontecido uma operação contra o garimpo e resgate de nove trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Segundo a PF, a situação a que estavam submetidos os trabalhadores foi comunicada ao Ministério Público do Trabalho. “Com a desativação dos cinco alojamentos do garimpo, foram tomadas as declarações dos trabalhadores, ouvidos no local, e então eles foram liberados para voltarem às suas casas”, informou a comunicação da Polícia Federal.
As imagens divulgadas pela PF mostram alojamentos de chão batido, sem camas e móveis, comportando até 11 redes amarradas. Os alojamentos foram destruídos por maquinários e as minas de extração fechadas.
Segundo informações da PF, “dois brasileiros e um chinês foram identificados como responsáveis pelo local” e devem responder judicialmente pelos crimes de extração ilegal de minérios, crime ambiental conexo ao garimpo ilegal e redução do trabalhador à condição análoga à escravidão. Os suspeitos de comandarem a extração ilegal não estavam no local durante a operação e seus nomes não foram divulgados.
Na ação policial, foram apreendidos 100 invólucros de explosivos, um rolo de cordel detonantes, 15 motores, cinco marteletes, três geradores, três motosserras, uma retroescavadeira e uma perfuratriz de sondagem de mais de R$ 1 milhão. Quatorze pontos de extração foram fechados.
Mais de 30 servidores entre policiais federais, militares e agentes do ICMBio participaram da operação, que encontrou sete grandes estruturas de apoio ao trabalho ilegal. A ação teve apoio do do Batalhão de Polícia Ambiental. Esta foi a terceira fase da operação chamada Nova Jerusalém.