O União Brasil, partido que emplacou Celso Sabino no Ministério do Turismo, não seguirá a orientação de votos do governo Lula (PT) no Congresso. Em curta entrevista à coluna, o presidente da sigla, Luciano Bivar (União Brasil-PE) disse que a entrada de Sabino dá mais “musculatura” política ao governo, mas que o partido terá suas posições próprias durante as votações no Congresso.
“Não [seguirá a orientação de votos do governo], o partido tem suas posições próprias, mas a parte administrativa, sim”, disse Bivar à coluna, após a cerimônia de posse de Sabino, no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 3. Ele afirmou que é “delicado” quantificar quantos votos a bancada de 59 deputados e 8 senadores entregará ao governo.
De acordo com o mandatário, a entrada do novo ministro dá mais musculatura e “fortifica mais essa união entre nós e o governo”.
Já o líder do partido na Câmara e um dos braços direito do presidente Arthur Lira (PP-AL), Elmar Nascimento (União Brasil-BA), disse que quem pode dizer se o partido está na base do governo é o presidente da sigla, Bivar.
“Eu falo sobre a bancada. Na bancada temos dificuldades de ter uma parte bem majoritária que tem acompanhado o governo, mas também tem que respeitar aqueles que têm diferenças ou regionais, ou ideológicas. E entender disso. O governo sabe disso desde o início”, afirmou Nascimento em entrevista a jornalistas após a cerimônia.
A troca de Daniela Carneiro por Sabino no Turismo faz parte das acomodações que a gestão Lula faz junto a partidos do centrão. Além de realinhar as conversas com o União Brasil, que já comanda outros dois ministérios (Comunicações e Integração e do Desenvolvimento Regional), Lula tenta alocar o PP e o Republicanos na base do governo. Esses dois partidos estavam na coligação para a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), em 2022.