Presidente do União Brasil diz que ministro dá 'musculatura', mas não seguirá orientação de votos de Lula

À coluna, o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), disse que o partido terá suas posições próprias em votações no Congresso

3 ago 2023 - 13h25
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a posse do novo ministro do Turismo, Celso Sabino (União)
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a posse do novo ministro do Turismo, Celso Sabino (União)
Foto: Andre Violatti/Ato Press / Estadão

O União Brasil, partido que emplacou Celso Sabino no Ministério do Turismo, não seguirá a orientação de votos do governo Lula (PT) no Congresso. Em curta entrevista à coluna, o presidente da sigla, Luciano Bivar (União Brasil-PE) disse que a entrada de Sabino dá mais “musculatura” política ao governo, mas que o partido terá suas posições próprias durante as votações no Congresso.

“Não [seguirá a orientação de votos do governo], o partido tem suas posições próprias, mas a parte administrativa, sim”, disse Bivar à coluna, após a cerimônia de posse de Sabino, no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 3. Ele afirmou que é “delicado” quantificar quantos votos a bancada de 59 deputados e 8 senadores entregará ao governo.

Publicidade

De acordo com o mandatário, a entrada do novo ministro dá mais musculatura e “fortifica mais essa união entre nós e o governo”. 

Já o líder do partido na Câmara e um dos braços direito do presidente Arthur Lira (PP-AL), Elmar Nascimento (União Brasil-BA), disse que quem pode dizer se o partido está na base do governo é o presidente da sigla, Bivar.

“Eu falo sobre a bancada. Na bancada temos dificuldades de ter uma parte bem majoritária que tem acompanhado o governo, mas também tem que respeitar aqueles que têm diferenças ou regionais, ou ideológicas. E entender disso. O governo sabe disso desde o início”, afirmou Nascimento em entrevista a jornalistas após a cerimônia.

A troca de Daniela Carneiro por Sabino no Turismo faz parte das acomodações que a gestão Lula faz junto a partidos do centrão. Além de realinhar as conversas com o União Brasil, que já comanda outros dois ministérios (Comunicações e Integração e do Desenvolvimento Regional), Lula tenta alocar o PP e o Republicanos na base do governo. Esses dois partidos estavam na coligação para a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), em 2022.

Publicidade
Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações