O presidente Lula (PT) disse nesta quarta, 14, que a queda de juros é uma “briga eterna” no Brasil. O patamar de juros definido pelo Banco Central e, atualmente, em 10,5% é alvo de críticas recorrentes da gestão petista.
A declaração aconteceu em Brasília, ao lado do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. A indústria, assim como o governo, é um dos setores críticos ao patamar da taxa Selic estabelecidos pelo Banco Central, atualmente em 10,5%.
O presidente Lula falava na abertura do evento Diálogos Capitais, que celebra os 30 anos da revista Carta Capital.
Enquanto Lula fazia considerações sobre as condições estruturais do país e que a melhora na economia com distribuição de renda refletiria em aumento no consumo, Alban corroborou falando sobre a queda de juros.
“Baixar o juro é uma briga eterna no nosso país, mas mesmo que o juros seja zero se o cara não tiver dinheiro para consumir, ele não vai consumir, o importante é a circulação de dinheiro”, respondeu Lula.
Após a fala de Lula, o evento teve uma mesa para discutir a integração nacional e sul-americana e os caminhos para uma transição energética justa e inclusiva. Participaram Simone Tebet, ministra do Planejamento, Luciana Servo, presidente do IPEA, Morgan Doyle, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento no Brasil, e Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China. A mediação foi feita pelo repórter especial da revista André Barrocal.