A taxa de desemprego no Brasil no terceiro trimestre de 2024 alcançou um dos níveis mais baixos desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) em 2012. Atingindo 6,4%, esta taxa representa uma diminuição em relação ao segundo trimestre do ano, quando estava em 6,9%. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Comparando com o terceiro trimestre de 2023, a taxa de desemprego apresentou uma queda em 13 estados brasileiros. Isso reflete um cenário econômico de recuperação, impulsionado pelo crescimento de diversas atividades econômicas a partir do segundo semestre de 2022.
Quais estados registraram maior redução no desemprego?
Em termos regionais, Santa Catarina, Mato Grosso e Rondônia destacaram-se com as menores taxas de desemprego, sendo 2,8%, 2,3% e 2,1% respectivamente. Estes estados, com economias relativamente robustas, continuam a apresentar consistentemente resultados positivos no combate ao desemprego.
Por outro lado, Pernambuco e Bahia, embora ainda tenham taxas superiores à média nacional, com 10,5% e 9,7% respectivamente, mostraram declínios significativos em relação aos trimestres anteriores.
Desemprego por gênero e raça: quais são as tendências?
A análise por gênero revela que as mulheres ainda enfrentam uma taxa de desocupação maior que a dos homens, embora ambas tenham caído no trimestre em análise. A taxa de desocupação entre mulheres caiu de 8,6% para 7,7%, enquanto para os homens, de 5,6% para 5,3%.
Por raça, a situação também é marcada por disparidades. Pretos e pardos continuam com taxas mais elevadas, de 7,6% e 7,3% respectivamente, ainda que todas as divisões tenham apresentado quedas no trimestre. Essas estatísticas revelam a necessidade contínua de políticas inclusivas eficazes no mercado de trabalho.
Como está o rendimento médio dos trabalhadores?
Em termos de rendimento, a média salarial dos trabalhadores brasileiros manteve-se estável no terceiro trimestre de 2024, com valor próximo a R$ 3.227 mensais. Este dado reflete a estabilidade econômica relativa, apesar das variações regionais e setoriais existentes.
No entanto, apenas a Bahia apresentou uma redução no rendimento médio real, enquanto estados como Espírito Santo, Sergipe, Maranhão, Paraná, Santa Catarina e São Paulo experimentaram aumentos significativos em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, destacando-se um crescimento mais acentuado nas economias locais destes estados.
Qual é a distribuição do emprego entre as regiões do Brasil?
Em uma análise regional, todas as grandes regiões do Brasil apresentaram queda na taxa de desemprego. A região Nordeste, por exemplo, reduziu sua taxa de 9,4% para 8,7%, enquanto o Centro-Oeste diminuiu de 5,4% para 4,9%. Essas melhorias são atribuídas a políticas de incentivo econômico e ao aumento do consumo doméstico, refletindo uma recuperação gradual mas sólida ao longo do ano.