Igreja teme atentado contra Cristo Redentor nos Jogos do Rio

Estão sendo instaladas câmeras de segurança, mas faltam raios-x

28 jul 2016 - 16h16
(atualizado às 16h16)
Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

A Igreja Católica brasileira teme que o Cristo Redentor, o monumento mais famoso do Rio de Janeiro, seja alvo de atentados durante os Jogos Olímpicos, que ocorrem de 5 a 21 de agosto na cidade. Nesta quinta-feira (28), a Polícia Federal prendeu mais um suspeito de terrorismo, Chaer Kalauon, de 27 anos, simpatizante do Estado Islâmico.

"Estamos preocupados com a segurança do Cristo Redentor", disse o sacerdote Omar Raposo, reitor do santuário que funciona embaixo da estátua de 38 metros de altura. De acordo com Raposo, a Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos (SESGE) ainda não entregou os equipamentos de raio-x e detectores de metais que devem ser instalados na entrada do trenzinho que leva ao topo do Corcovado. Em 2014, a SESGE foi a responsável por coordenarar o trabalho dos militares, policiais e serviços de inteligência durante a Copa do Mundo, cuja final foi disputada no Estádio do Maracanã.

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O organismo, que integra o Ministério da Justiça, transferirá junto com o Ministério da Defesa suas operações de Brasília para o Rio de Janeiro durante toda a Olimpíada, que começa daqui a oito dias. Anualmente, cerca de 600 mil turistas visitam o Cristo Redentor e o fluxo deve aumentar devido aos Jogos Olímpicos. A expectativa é que o monumento receba 180 mil pessoas entre os dias 5 e 21 de agosto, principalmente turistas estrangeiros. As autoridades federais e as do estado do Rio de Janeiro também consideram o Cristo Redentor um alvo de ataque. Para isto, já começaram a ser instaladas 25 câmeras que monitorarão o movimento dos visitantes a partir da semana que vem.

Foto: Fernando Maia/Riotur

As imagens serão enviadas ao Centro Integrado de Comando e Controle, onde são criadas as ações de prevenção a eventuais ataques terroristas. Kalauon foi preso na noite de quarta-feira (27), em Nova Iguaçú.

Descendente de libanês, o suspeito fez apologia a atentados terroristas nas redes sociais da mesma maneira que as outras 12 pessoas presas na semana passada.

As autoridades brasileiras ainda estão a procura de Pouria Paykani, um iraniano de 27 anos suspeito de terrorismo que foi visto pela última vez no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Ele chegou ao país em março, vindo do Uruguai.

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Foto: Shana Reis
Fonte: Ansa
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