Até esta quarta-feira (30/11), os 60 aeroportos da rede Infraero estarão promovendo a ação "A Verdade Dói" para marcar o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher (25/11). Criada pela Agência3, a campanha conta com ações no saguão dos aeroportos, a bordo das aeronaves e nas redes sociais. Nos painéis estão sendo exibidas as seguintes mensagens : "Uma mulher está sofrendo violência agora"; "Daqui até você pegar o táxi, 5 mulheres sofrem violência no Brasil"; "A cada 2 minutos, 5 mulheres sofrem violência no Brasil". O objetivo é criar impacto chamando a atenção para os dados alarmantes da violência contra a mulher no Brasil.
Quem estiver a bordo da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Gol e da Avianca Brasil ouvirá a campanha na voz da tripulação: "Durante o tempo deste voo, dezenas de mulheres sofrerão violência no Brasil. Denuncie a violência contra as mulheres para mudarmos isso. Ligue 180 e saiba mais. A Infraero, uma empresa cidadã, apoia essa causa."
Paulo Castro, VP de Criação da Agência3, explicou que a ideia é tornar a violência mais explícita, para gerar reação. "Ao expor dados tão alarmantes, de uma forma tão palpável para a sociedade, esperamos contribuir para que as pessoas reflitam sobre este tema, se mobilizem e denunciem através do 180, que é o mais importante", ressaltou.
No dia 25 de novembro, quem passou pelo saguão dos aeroportos Santos Dumont e Congonhas presenciou um "desfile" para chamar a atenção para a causa. Doze mulheres caminharam vestindo camisetas com a frase: Uma Mulher está Sofrendo Violência Agora. Elas passaram por áreas públicas dos aeroportos e nas salas de embarque com uma faixa onde se lia: A cada dois minutos, cinco mulheres sofrem violência física no Brasil.
Para Angelo Ferrari Jr, VP da Agência3, a violência contra a mulher precisa ser uma luta diária. "As agressões afetam não só o estado físico e sexual da mulher como seu bem estar. A agressão dói para a mulher, para os filhos, para as amigas, para os vizinhos e para toda a sociedade. É uma marca que envergonha todos nós e ainda gera custos para o estado e para as empresas. Queremos tornar estar dor visível para que as pessoas se incomodem com a tormenta por que passam mulheres em todo o país e se mobilizem para transformar esta realidade", disse.
A campanha também está nas redes sociais da Infraero. "Somos uma empresa cidadã, com responsabilidade social. Os números são absurdos, é uma realidade que precisa ser repensada e combatida. Dentre as diretrizes de gestão, a Infraero está focada no combate à miséria humana, e a violência contra as mulheres é uma dessas misérias", disse o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira.