O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) recebeu, nesta sexta-feira (22), o relatório final do inquérito policial sobre o caso da atriz e modelo Maidê Mahl, encontrada ferida em um quarto de hotel na capital paulista em 5 de setembro. O documento será analisado para decidir se o processo será encaminhado à Justiça ou se novas diligências serão solicitadas.
Resultado inconclusivo
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o relatório foi entregue na terça-feira (19) após investigações conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Apesar de reunir depoimentos, imagens de câmeras de segurança e laudos periciais, o inquérito não conseguiu esclarecer as circunstâncias que levaram ao incidente.
Maidê ficou reclusa no hotel por três dias antes de ser encontrada ferida e semiconsciente. Ela foi internada na UTI do Hospital das Clínicas da USP, onde permaneceu por um mês. Desde então, seu quadro de saúde impede que ela preste depoimento, o que levou a Polícia Civil a encerrar o inquérito sem a versão da atriz.
Próximos passos
O MP analisará o relatório para determinar se as informações apuradas são suficientes para seguirem à esfera judicial ou se será necessário aprofundar as investigações. Autoridades responsáveis pelo caso mantêm discrição e não divulgaram detalhes sobre os procedimentos.
O caso Maidê Mahl
Residente de São Paulo desde 2017, Maidê desapareceu em 2 de setembro. Naquele dia, foi vista pela última vez deixando seu apartamento no bairro Moema. Imagens de câmeras e registros de transporte por aplicativo mostram que ela comprou água de coco, autenticou um documento em um tabelionato na Liberdade e, posteriormente, realizou check-in no hotel onde foi encontrada.
Durante sua estadia, Maidê não solicitou serviços de quarto ou alimentação, e amigos denunciaram seu desaparecimento após notarem sua ausência. Quando resgatada, ela estava inerte e escorada contra a porta do quarto. Não foram encontrados indícios de violência, uso de substâncias ilícitas ou irregularidades além de uma medicação prescrita.
O inquérito, que inicialmente investigava o crime de lesão corporal, foi remetido ao Poder Judiciário com as informações apuradas, aguardando análise do MP.
Com informações GZH