Internações por doenças respiratórias aumentam no Brasil

Em valores, elas custaram, em 2024, R$ 11 milhões a mais do que o registrado no mesmo período de 2023

20 set 2024 - 08h29

Um levantamento feito em 27 hospitais públicos e filantrópicos do país mostra que, de janeiro a agosto, as internações causadas por doenças respiratórias aumentaram 27,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em valores, as internações custaram, em 2024, R$ 11 milhões a mais do que o registrado no mesmo período de 2023. Os dados são da Planisa, empresa de gestão hospitalar.

Criança fazendo inalação
Criança fazendo inalação
Foto: depositphotos.com / AndrewLozovyi / Perfil Brasil

Este aumento significativo não afeta apenas a saúde dos pacientes, mas também gera um impacto financeiro substancial para os hospitais brasileiros. A pressão para gerenciar custos crescentes e um número maior de internados exige novas estratégias.

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Os valores estimados de R$ 11 milhões refletem uma pressão financeira adicional que os hospitais enfrentam devido ao aumento das internações e ao aumento nos custos diários de tratamento.

De acordo com especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa, Marcelo Carnielo, à CNN, o aumento nos custos hospitalares é significativo, indicando um impacto econômico considerável para os hospitais. Além dos gastos diretos, o aumento das doenças respiratórias demanda mais recursos em termos de pessoal e infraestrutura.

Estratégias de prevenção para evitar internações

Para administrar o número maior de pacientes e a elevação dos custos operacionais, os hospitais precisarão investir em estratégias de prevenção. Entre as principais medidas recomendadas, destacam-se:

  • Vacinação: Incentivar a vacinação contra doenças respiratórias e sazonais.
  • Adaptação de planejamento: Adaptar o planejamento para lidar com picos sazonais e eventos climáticos extremos.
  • Otimização de recursos: Otimizar a alocação de leitos, pessoal e outros recursos.
  • Revisão de protocolos: Revisar e atualizar continuamente os protocolos e práticas hospitalares.

Essas medidas são essenciais para mitigar os impactos financeiros e de saúde causados pelo aumento das doenças respiratórias. O aumento das internações por doenças respiratórias pode estar relacionado a várias condições, como mudanças climáticas e condições ambientais adversas. Além disso, excepcionalidades dos últimos anos, como pandemias, podem ter agudizado a vulnerabilidade da população a essas doenças.

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Impacto econômico dos custos hospitalares

O impacto econômico para os hospitais é profundo. Marcelo Carnielo destacou que a pressão financeira não só aumenta devido ao maior número de internações, mas também aos custos diários de tratamento, que incluem medicamentos, equipamentos e salários de profissionais de saúde. À medida que os custos aumentam, torna-se essencial que os hospitais implementem estratégias mais eficazes de gestão de recursos.

Para enfrentarem esse desafio, é crucial que os hospitais se concentrem em medidas preventivas e otimizem seus processos internos. A coordenação entre unidades de saúde e a adoção de novas tecnologias também são métodos eficazes para melhorar a gestão financeira.

Incentivar a vacinação é uma das estratégias fundamentais para reduzir as internações. Vacinas contra gripe e outras doenças respiratórias ajudam a diminuir a incidência dessas enfermidades, especialmente em crianças e idosos. Além disso, campanhas de conscientização sobre a importância de medidas preventivas, como a higiene das mãos e a utilização de máscaras em períodos de pico, também são essenciais.

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