O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou sobre as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. Para ele, além de "grandes impactos humanitários", as inundações "terão desdobramentos econômicos que requerem acompanhamento".
"Aproveito essa oportunidade para expressar minha solidariedade ao povo gaúcho, aos nossos servidores e às pessoas afetadas por essa tragédia", disse na abertura da Conferência Anual do BC nesta quarta-feira (15).
Campos Neto avalia prejuízos
De acordo com o último boletim diário da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que trata dos desastres no estado, foram registrados de R$ 8,9 bilhões de prejuízos financeiros. Além disso, o documento menciona os danos em 105,6 mil moradias. Desta forma, segundo estimativas, produtos como arroz e leite podem ter aumento já nos próximos dias.
Por fim, o presidente do BC também abordou em sua fala a necessidade de realizar a transição energética. Assim, seria possível, segundo ele, reduzir os impactos econômicos. "A tão necessária transição energética demanda investimentos e gera novos custos para a produção", afirma.
AO VIVO: Acompanhe a abertura e a Palestra Magna do 1º dia da Conferência Anual do Banco Central.
Transmissão em português: https://t.co/NARIWEkTJO
— Banco Central BR (@BancoCentralBR) May 15, 2024
Sobre a Taxa Selic, Campos Neto pontuou que, apesar da divergência, a maioria dos diretores reconheceram que havia argumentos suficientes para diminuir o ritmo do corte. Na última reunião do Copom, no dia 8 de maio, os diretores se dividiram entre um corte de 0,25 ponto percentual e 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros.
Tragédia no RS
Até esta quarta-feira, 149 pessoas morreram. Pelo menos 108 pessoas estão desaparecidas, de acordo com boletim da Defesa Civil. No entanto, este número pode ser ainda maior.