iPhone 6: ‘Applemaníaco’ viaja 917 km por modelo mais caro

Yago Abrão, 22, saiu de Uberaba, em Minas Gerais, até a Apple Store do Rio de Janeiro para garantir o seu modelo Plus de 128 GB pela bagatela de R$ 4.399. "Vale a pena", garantiu.

14 nov 2014 - 12h42
(atualizado às 14h27)

Yago Abrão tem 22 anos e trabalha como assistente jurídico em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Em sua cidade não existe Apple Store e nem previsão de chegada do novo iPhone 6. Diante disso, ele não teve dúvida: pegou o carro, viajou até Ribeirão Preto, já no interior de São Paulo, e depois, tomou um voo para o Rio de Janeiro. Tudo para garantir o novo modelo no primeiro dia oficial de vendas no Brasil.

“Sou apaixonado mesmo, vale a pena”, disse o ‘Applemaníaco’, um dos primeiros a garantir sua compra, devidamente agendada, na Apple Store do Rio de Janeiro, a única oficial do Brasil em que se pode comprar o aparelho desbloqueado. Yago comprou nada menos do que o iPhone 6 Plus de 128 GB, ou seja, o modelo mais caro à venda pela empresa de Steve Jobs.

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“A gente parcela, dá um jeito”, explicou Abrão, que gastou R$ 4.399 em seu modelo top de linha. Ou seja, se somar os R$ 660 das passagens aéreas para vir ao Rio de Janeiro, a fissura pelo novo aparelho já custou mais de R$ 5 mil. Isso sem contar a gasolina e pedágios até o aeroporto. Mas ele não se arrepende do bate-volta – ele chegou na quinta-feira à noite, e retorna na tarde de sexta-feira.

Apple bate recorde de vendas com iPhone 6
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“Eu não consigo esperar. Para você ter uma ideia, eu vou passar Natal e réveillon em Nova York e poderia ter esperado para comprar mais barato lá. Mas eu não consigo”, confessou o jovem. Ou seja, em cerca de um mês, ele poderia ter em mãos um modelo muito mais em conta.

Tendo em vista que o dólar, num comparativo, fechou na última quinta-feira na marca de R$ 2,59, ele gastaria pelo mesmo modelo nos EUA o valor de R$ 2.457. Com o IOF para cartão de crédito, caso não quisesse pagar em dinheiro vivo, somaria mais R$ 378, totalizando R$ 2.835. Ou seja, uma economia de R$ 1.564 – vale lembrar que o Brasil vende o iPhone 6 mais caro do mundo.

Foi o que fez o estudante Lucas Valandro, 15. Ele aproveitou que a avó viajou para Miami, nos EUA, e já tinha em mãos o iPhone 6 de 64 GB – gastou US$ 749, ou equivalente em reais, sem imposto: R$ 1939. “Esse novo tamanho para mim é perfeito”, disse o adolescente sobre o upgrade de tamanho, já que o novo modelo tem agora tela de 4,7 polegadas. Mas se ele já tinha um aparelho no bolso, o que ele fazia na Apple Store, então?

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Lucas Valandro posa para foto com o modelo Plus: "ainda não tinha mexido"
Lucas Valandro posa para foto com o modelo Plus: "ainda não tinha mexido"
Foto: André Naddeo / Terra

“Vim aqui ver exposto mesmo e brincar com o Plus que eu ainda não tinha mexido”, explicou. “Eu gosto muito, vim aqui na inauguração da loja”, complementou ainda. Na ânsia, ou dependência, digamos assim, para se atualizar com as novas tecnologias, o engenheiro agrônomo Leonel Aguiar, 63, confessa: “a cada aparelho novo é uma ‘porrada’, né. Não tem jeito”. Ele levou o iPhone 6 de 16 GB, padrão, para casa e vai aposentar o último modelo 5S. “Foi mais forte do que eu, tinha que atualizar”.

Movimento tranquilo

Se em algumas lojas de São Paulo, por exemplo, a movimentação de ‘Applemaníacos’ foi grande, com gente aguardando na fila durante a madrugada, mas bem diferente do que ocorreu nos EUA e Europa, por exemplo, no Rio de Janeiro a movimentação da Apple Store foi bem tranquila.

Uma pequena fila com cerca de 15 pessoas se formou apenas momentos antes da loja abrir suas portas, às 11h. Na opinião do gerente de marketing Luan Seixas, 29, “acho que o brasileiro está segurando um pouco mais o bolso de uma forma geral”. “Esperava mais gente”, disse ele, que saiu da loja com o iPhone 6 Plus de 64 GB – R$ 3.999. 

Fila na Apple Store no Rio de Janeiro: movimentação tranquila, e horário agendado.
Foto: André Naddeo / Terra

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Fonte: Terra
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