Irmãos Menendez: novas evidências podem levar à revisão das sentenças

Mais de três décadas depois dos assassinatos, o promotor George Gascón divulgou uma captura de tela de uma carta que pode sustentar a alegação sobre os abusos

18 out 2024 - 12h59

O promotor de Los Angeles divulgou novas evidências que podem reabrir o caso dos irmãos Lyle e Erik Menendez, condenados por matar os próprios pais. A revelação pode levar a uma revisão das sentenças de prisão perpétua impostas em 1996.

Julgamento dos irmãos Lyle e Erik Menendez
Julgamento dos irmãos Lyle e Erik Menendez
Foto: Getty Images / Perfil Brasil

Após o primeiro julgamento, que terminou em anulação, um segundo júri condenou os irmãos pelo assassinato de Jose e Kitty Menendez. Na época, Lyle e Erik alegaram que agiram em legítima defesa, afirmando que sofreram abusos sexuais por parte do pai durante toda a vida. Apesar de admitirem o crime, mantiveram essa defesa.

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Os promotores, durante o segundo julgamento, sustentaram que o "abuso não aconteceu", e muitas provas de abuso, apresentadas pela defesa, foram barradas pelo juiz. Ambos os irmãos foram condenados à prisão perpétua sem a possibilidade de liberdade condicional em julho de 1996.

Carta pode reforçar defesa de irmãos Menendez

Mais de três décadas depois dos assassinatos, o promotor George Gascón divulgou uma captura de tela de uma carta que pode sustentar a alegação de Erik sobre os abusos. A correspondência, que teria sido escrita por Erik em 1988, é direcionada a um parente chamado "Andy" e menciona o abuso sofrido pelo pai.

No último domingo (13), Gascón compartilhou em suas redes sociais a imagem da carta manuscrita. Nela, Erik afirma: "Eu tenho tentado evitar o papai. Isso ainda acontece, Andy, mas está pior para mim agora. Eu nunca sei quando isso vai acontecer e está me deixando louca. Toda noite eu fico acordada pensando que ele pode entrar."

Os advogados dos Menendez já haviam incluído partes dessa carta em uma petição de habeas corpus enviada ao Tribunal Superior de Los Angeles em maio de 2023. Segundo a defesa, a carta foi escrita por Erik para seu primo, Andy Cano, meses antes dos assassinatos de seus pais.

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De acordo com os advogados, se essa carta tivesse sido aceita como prova no julgamento de 1996, o veredito poderia ter sido diferente.

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