Neste domingo, 20, as Forças de Defesa de Israel conduziram ataques aéreos contra escritórios de uma instituição financeira associada ao Hezbollah em subúrbios de Beirute, no Líbano. Esta operação ocorreu após a emissão de ordens de evacuação dirigidas a quinze localidades na área sul da capital libanesa, além do Vale do Beqaa, conforme relatado pela Agência de Notícias Estatal Libanesa.
Os alvos dos ataques foram filiais da instituição financeira Al Qard al Hassan, que Israel acusa de financiar atividades do Hezbollah. Esta organização financeira já foi sancionada pelos Estados Unidos e é vista como um pilar econômico do movimento libanês pró-iraniano. Os ataques refletem a escalada contínua de tensões na região, exacerbada por alegações de cooperação entre o Hezbollah e o Irã.
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🔷 Incendie après le bombardement par l'occupant des bâtiments et des antennes de la "Fondation Al Qard Al Hassan" à Beyrouth pic.twitter.com/SunIdjKKrI
— 🔻Medz (@medzfight) October 20, 2024
Quais são as consequências humanitárias?
O impacto humanitário dos conflitos na região tem sido avassalador. Desde o final de setembro de 2023, o Líbano enfrentou a morte de pelo menos 1.454 pessoas, segundo dados compilados pela AFP. Além disso, estima-se que cerca de 700 mil indivíduos foram deslocados internamente, buscando abrigo e segurança em meio ao caos.
Esta crise humanitária no Líbano ocorre paralelamente à guerra em Gaza. Nos territórios palestinos, o conflito intensificou-se após a invasão de forças combatentes em outubro de 2023, resultando em milhares de baixas tanto do lado palestino quanto israelense. A situação em Gaza é igualmente crítica, com números indicando pesadas perdas civis e uma infraestrutura em colapso.
Como as tensas relações entre Irã e Israel alimentam os conflitos?
O pano de fundo destes conflitos se estende para além das fronteiras libanesas e palestinas, envolvendo atores regionais como o Irã. Em 1º de outubro de 2023, o Irã lançou 200 mísseis em direção a Israel, causando temor pela possibilidade de um enfrentamento direto entre os dois países. Israel, por seu lado, não hesita em prometer represálias à medida que a situação evolui.
O Hezbollah, fortemente apoiado pelo Irã, é frequentemente citado em ameaças e ações militares na região. Este grupo armado atua como um intermediário nas disputas entre Israel e Irã, complicando ainda mais a dinâmica política e militar no Oriente Médio. As operações israelenses são percebidas tanto como medidas de segurança quanto de demonstração de força perante Teerã.
A segurança no Líbano e nas áreas circundantes permanece precária. Com a atual escalada de violência, tanto em solo libanês quanto palestino, as perspectivas de paz parecem distantes. As incessantes trocas de hostilidades entre Israel e grupos pro-iranianos representam um desafio significativo para esforços de mediação e resolução de conflitos.
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