Israel faz ataque ao Líbano; Hezbollah responde com 150 foguetes

Oficiais do governo libanês descreveram a ofensiva como a maior desde o início do conflito com o Hamas

20 set 2024 - 11h11
(atualizado às 11h17)

O conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano voltou a ganhar destaque na manhã desta sexta-feira (20), com um bombardeio no subúrbio de Beirute. A troca de ataques é uma resposta às explosões dos pagers e walkie-talkies de membros do grupo extremista.

Incêndios de 18 de setembro provocados por explosão de walkie
Incêndios de 18 de setembro provocados por explosão de walkie
Foto: talkies em Beirute, capital do Líbano - Telegram/Reprodução / Perfil Brasil

O bombardeamento no subúrbio da capital do Líbano deixou cinco crianças mortas e atingiu um dos chefes do Hezbollah. O governo libanês, em declarações para a agência de notícias Reuters, classificou o bombardeio como a maior ofensiva desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Relatórios da imprensa local detalham que diversos prédios residenciais e veículos foram danificados no ataque.

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Ofensiva de Israel no norte do Líbano

A resposta do Hezbollah não demorou. O grupo extremista diz ter lançado 150 foguetes no norte de Israel em sete ataques distintos. Em contrapartida, Israel afirmou ter bombardeado alvos do Hezbollah no sul do Líbano, uma região que é frequentemente utilizada pelo grupo para suas operações militares.

As imagens das ofensivas também são impactantes. Em Kfar Kila, no sul do Líbano, uma grande nuvem de fumaça emergiu após os bombardeios israelenses. Até o momento, o serviço de emergência israelense informou que não há relatos de vítimas fatais no território israelense.

Como o Hezbollah está lidando com as explosões?

Em uma série de eventos que agravaram a situação, explosões de pagers e "walkie-talkies" do Hezbollah entre os dias 17 e 18 de setembro de 2024, deixaram 37 mortos e mais de três mil feridos no Líbano, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde libanês. O Hezbollah culpa Israel pelas detonações.

Fontes do governo libanês revelaram que as baterias dos dispositivos estavam contaminadas com PETN - um composto explosivo altamente potente. A sofisticação na integração do PETN nos equipamentos impediu que os explosivos fossem detectados na entrada ao Líbano.

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Qual o futuro do conflito?

Após essas explosões, Israel anunciou um redirecionamento de suas operações militares, focando agora no norte do país, próximo à fronteira com o sul do Líbano. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou seu compromisso em garantir a segurança dos habitantes do norte de Israel que foram realocados devido ao conflito com o Hezbollah.

Em uma declaração forte, Netanyahu disse: "Eu já disse isso antes, nós retornaremos os cidadãos do norte para suas casas em segurança e é exatamente isso que faremos". Enquanto isso, aliados do Hezbollah, incluindo o Irã, acusam Israel de violar a soberania libanesa e prometem uma resposta firme.

O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir para discutir a situação. A missão libanesa na ONU enviou uma carta à entidade relatando suas investigações preliminares. Segundo o documento, os dispositivos foram manipulados antes de entrar no Líbano e foram detonados via mensagens eletrônicas.

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