Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da República, abordou o caso em que declararam o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) como "persona non grata".
Segundo o g1, ele declarou que "isso é coisa absurda. Só aumenta o isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel". O caso aconteceu após o presidente ter comparado o caso das mortes dos palestinos, em Gaza, com o Holocausto.
Em seguida, o blog ouviu outras entidades do Itamaraty, do Planalto e membros do PT. A fala do presidente também repercutiu muito nas redes sociais, com opiniões bem divididas a respeito do ocorrido.
Engraçado que a fala do presidente Lula causou mais indignação em muita gente do que o fato de milhares de inocentes, inclusive crianças, estarem sendo assassinadas.
📸: Gaza, 2024. pic.twitter.com/deD72WsoPo
— André Janones (@AndreJanonesAdv) February 19, 2024
Uma das fontes do Itamaraty disse ao blog que "Israel declarar Lula 'persona non grata' é inaceitável". Ainda acrescentou que pode ter sido uma estratégia de Israel para "unificar a sociedade israelense". Diante disso, outras fontes afirmaram que o presidente acertou em fazer a crítica, mas que declaração foi "falta de freio" e que "nada é comparável ao Holocausto"
Na fala de Lula foi dito que "o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus".
Nesse sentido, Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, afirmou que "a comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que destruíram seis milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto".
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini