Japão reativa reator nuclear perto de Fukushima após 13 anos

2 nov 2024 - 09h32

A empresa Tohoku Electric Power reativou nesta terça-feira (29) o reator No.2 de 825 megawatts (MW) em sua usina nuclear de Onagawa, no norte do Japão. Essa é a primeira operação do reator desde o desastre nuclear de Fukushima, em 2011, conforme informou um porta-voz da companhia.

Fumaça saindo de reatores nucleares. Imagem ilustrativa
Fumaça saindo de reatores nucleares. Imagem ilustrativa
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

Reativação de reator nuclear busca atender demanda energética no Japão

A usina de Onagawa utiliza reatores do tipo BWR (reatores de água fervente), semelhantes aos de Fukushima, e estava mais próxima do epicentro do terremoto de magnitude 9 que desencadeou o desastre nuclear. Com a reativação do reator, o número de unidades nucleares operando no Japão sobe para 13, totalizando uma capacidade de 12.433 MW.

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Além da Tohoku Electric, a Chugoku Electric Power planeja reativar o reator nº 2, de 820 MW, em sua usina de Shimane, no oeste do país, até o fim do ano. Esse movimento deve contribuir para a redução da demanda japonesa por gás natural liquefeito (GNL) em 2024, além de reforçar o fornecimento de energia para data centers e fábricas de semicondutores, setores que exigem grande consumo energético e são estratégicos para o crescimento das aplicações de inteligência artificial (IA) no país.

O governo japonês projeta uma elevação no consumo de energia, estimando que a produção deva atingir entre 1,35 trilhão e 1,5 trilhão de kWh até 2050, em comparação ao consumo atual de cerca de 1 trilhão de kWh.

Para garantir a segurança da operação em Onagawa, a Tohoku Electric investiu 570 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 3,72 bilhões) em adaptações estruturais e sistemas de segurança, atendendo aos novos regulamentos mais rigorosos implementados após o acidente em Fukushima.

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