Um dos políticos mais próximos da família Bolsonaro em São Paulo, o deputado estadual Gil Diniz, líder do PSL na Assembleia Legislativa, disse ao Estado que o PSL vai promover prévias para definir seu candidato à prefeitura da capital no ano que vem e que o partido não vai lançar um nome que seja "linha auxiliar do PSDB".
A declaração foi uma resposta ao "lançamento" informal da pré-candidatura da deputada Joice Hasselman, líder do governo no Congresso, pelo senador Major Olímpio em um evento voltado para empresários nessa terça-feira (27).
Em nota, o diretório estadual do PSL em São Paulo diz que ainda não definiu nenhum candidato para 2020 e que, nos casos em que mais de um nome se apresentar como pré-candidato, haverá assembleias.
Diniz representa uma ala do PSL que faz oposição ao governador João Doria e critica a proximidade de Joice com o tucano. A deputada se aliou a Doria na campanha e tornou-se a principal ponte entre o tucano e Jair Bolsonaro.
"Defendo que haja democracia e oxigenação no partido. Que haja uma disputa sadia. O PSL tem que ter um candidato próprio em São Paulo e não um candidato do PSL dentro do PSDB. (O partido) não pode ser linha auxiliar do PSDB", disse Diniz.
O deputado também se queixou do fato de Joice ter se "lançado" candidata em um evento em Barueri e dito na ocasião que aceita assumir esse "abacaxi". "A prefeitura de São Paulo não é um abacaxi", afirmou o líder do PSL.
Nota do PSL/SP
"A executiva do PSL do Estado de São Paulo informa que o partido não definiu nenhuma candidatura ao cargo de prefeito ou vereador em nenhum município e, no caso de escolha de prefeitos, promoverá assembleias para todas cidades onde mais de um candidato do partido se apresentar para o pleito."