Justiça afasta deputada estadual do RJ por suspeita de ligação com milícia

A investigação indica que a parlamentar é considerada o braço político da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais poderosas e violentas da capital fluminense

18 dez 2023 - 08h36

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento do cargo, por tempo indeterminado, da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha, do PSD.

A deputada estadual Lucinha (PSD
A deputada estadual Lucinha (PSD
Foto: RJ) - Divulgação/ Alerj / Perfil Brasil

Ela é alvo também de buscas, nesta manhã de segunda-feira (18), da Operação Batismo, da Polícia Federal (PF) e da procuradoria-geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

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A investigação indica que a deputada é considerada o braço político da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais poderosas e violentas do Rio e com forte atuação na populosa região de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da capital fluminense.

A Justiça expediu oito mandados de busca e apreensão contra a parlamentar. Entre os endereços, constam o gabinete de Lucinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro do Rio, e a casa dela, em Campo Grande. Outro alvo de buscas nesta segunda é Ariane de Afonso Lima, uma de suas funcionárias.

Além de afastá-la do mandato, a Justiça proibiu Lucinha de frequentar as sedes da Alerj — tanto o Palácio Tiradentes quanto o novo prédio da Casa, o Alerjão.

A ação desta segunda-feira é um desdobramento da Operação Dinastia, deflagrada pela PF em agosto de 2022, para tentar prender Zinho e 22 de seus comparsas por uma "matança generalizada" na guerra entre facções. Oito foram presos.

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As investigações começaram em 2021 no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), que apurava o assassinato de um policial por parte de milicianos ligados ao Bonde do Zinho.

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