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Justiça penhora cobertura de luxo de Fernando Collor para pagar dívida trabalhista de R$ 264 mil

A cobertura duplex, avaliada em R$ 9 milhões, está localizada em bairro nobre de Maceió e foi omitida na declaração de bens de 2022

21 nov 2024 - 20h50
(atualizado às 21h18)
Não se trata do primeiro imóvel penhorado do ex-presidente
Não se trata do primeiro imóvel penhorado do ex-presidente
Foto: CartaCapital

A Justiça do Trabalho de Alagoas determinou a penhora de um imóvel de luxo pertencente ao ex-presidente Fernando Collor de Mello. Trata-se de uma cobertura duplex à beira-mar, com 600 m² de área privativa, localizada no bairro da Jatiúca, uma das regiões mais valorizadas de Maceió.

A decisão, assinada pela juíza Thais Costa Gondim, da 6ª Vara do Trabalho, visa garantir o pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil devida a um ex-funcionário da TV Mar, emissora que integra a Organização Arnon de Mello, empresa da qual Collor é sócio majoritário.

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Segundo avaliação judicial, o imóvel é avaliado em R$ 9 milhões e inclui cinco quartos, piscina, bar e cinco vagas de garagem. A penhora foi realizada no dia 30 de outubro, e a defesa do ex-presidente foi notificada no dia 14 de novembro, tendo até o próximo dia 25 para apresentar recurso.

Apartamento de luxo de Collor tem vista para o mar
Foto: Reprodução/Google Maps

A cobertura era utilizada como residência oficial de Collor e sua família, além de constar como endereço para notificações judiciais. Contudo, o ex-presidente passou a residir em São Paulo e o imóvel está desocupado há meses, fator que contribuiu para a decisão judicial de penhorá-lo.

O imóvel, adquirido em 2006 por meio de negociação direta com a construtora, não foi registrado em cartório à época, tendo apenas contrato de compra e venda. Em 2023, a Receita Federal regularizou a propriedade do bem em nome de Collor por meio de medida cautelar.

Embora o apartamento tenha sido declarado em 2018 à Justiça Eleitoral, com valor informado de R$ 1,8 milhão, ele foi omitido na prestação de contas entregue em 2022, quando Collor se candidatou ao governo de Alagoas pelo PTB.

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Dívidas trabalhistas

Além da cobertura duplex em Maceió, outro caso envolve a penhora de uma chácara localizada em Campos do Jordão (SP).

Em outubro, o juiz Sérgio Roberto de Mello Queiroz, da 5ª Vara do Trabalho de Maceió, determinou a penhora do imóvel avaliado em R$ 10,5 milhões, previsto para ser leiloado para quitar uma dívida remanescente de R$ 410,6 mil com um ex-funcionário do grupo Gazeta de Comunicação, pertencente à família de Collor.

Além disso, em julho deste ano, a esposa do ex-presidente, Caroline Collor, teve R$ 476 mil bloqueados de suas contas para indenizar uma ex-funcionária da família que aguardava pagamento desde 2019.

Fonte: Redação Terra
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