A mãe e o padrasto da menina Isabelly de Freitas, de 3 anos, foram condenados a 36 e 41 anos de prisão pela morte dela, ocorrida há nove meses em Indaial, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Os dois teriam espancado a criança até a morte, colocado o corpo em uma mala e enterrado em uma cova em mata fechada.
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De acordo com o Ministério Público, o crime ocorreu no dia 4 de março, por volta das 11 horas, na casa onde moravam, no bairro Rio Morto. Ela teria sido espancada porque não queria comer e fez menção de chorar.
Os golpes, conforme o laudo pericial, ocorreram por todo o corpo dela, com maior concentração na região da cabeça, o que provocou a morte da criança por traumatismo cranioencefálico. O corpo dela foi levado em uma mala pelo casal, até um local de mata fechada no bairro João Paulo II, onde foi enterrado em cova rasa, pouco mais de quatro horas depois do crime.
Após ocultar o cadáver de Isabelly, eles noticiaram que a criança havia desaparecido. Equipes da Polícia Civil passaram a fazer buscas pela cidade, mas não a encontraram. A investigação percebeu que a história era falsa depois de ouvir testemunhas e o casal. Dois dias após o homicídio, foi decretada a prisão preventiva da mãe e do padrasto da menina.
O Julgamento
O julgamento durou quase 17 horas, e foi acompanhado por familiares da menina. Apesar de o caso estar em segredo de Justiça, a sessão foi aberta ao público. A mãe e o padrasto de Isabelly foram os primeiros a serem ouvidos. Em seguida, o promotor Thiago Madoenho Bernardes da Silva iniciou sua fala, apresentando aos sete jurados as provas do processo, como áudio e fotos, e pediu a condenação máxima para os dois.
Os advogados de defesa dos réus apresentaram suas teses logo depois, e houve réplica para o MP. Após o tréplica pedida pela defesa, os jurados decidiram pela condenação, já na madrugada desta quarta, 4.
De acordo com o Ministério Público, padrasto foi condenado a 41 anos e nove meses de prisão, além de mais um mês e 20 dias no regime semiaberto. Ele já era reincidente do sistema judicial e estava em regime aberto quando o crime ocorreu. A mãe de Isabelly foi condenada a 36 anos e 11 meses de prisão, e um mês e cinco dias no regime semiaberto. Ambos também foram condenados por ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
O Terra não localizou a defesa dos acusados até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.