Marcola pediu indenização de R$ 74 mil por vídeos e áudios vazados em prisão federal

Gravações, que incluíam diálogos com seu filho adolescente, ocorreram em 3 de novembro de 2021 e 12 de janeiro de 2022

3 set 2024 - 12h36
(atualizado às 12h52)
Marcola é líder máximo do PCC
Marcola é líder máximo do PCC
Foto: Paulo Liebert/Estadão

Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), havia solicitado uma indenização de R$ 74 mil à União devido à divulgação de áudios e vídeos de suas conversas com familiares na Penitenciária Federal de Brasília. A informação foi revelada pela coluna do Josmar Jozino, do UOL.

As gravações, que incluíam diálogos com seu filho adolescente, ocorreram em 3 de novembro de 2021 e 12 de janeiro de 2022, mas só vieram a público em agosto de 2022.  A defesa de Marcola apresentou a reivindicação em novembro do ano passado, alegando que o vazamento dos arquivos violou a intimidade e a privacidade de sua família, além de comprometer a credibilidade do sistema de Justiça. No entanto, antes que a Justiça pudesse analisar o caso, Marcola, por meio de seu advogado, optou por retirar a ação quase um mês depois.

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Na petição inicial, a defesa de Marcola enfatizou que as conversas entre o preso e seus familiares não configuram crime e que o vazamento foi um desrespeito às instituições e aos direitos fundamentais, incluindo a privacidade do filho menor de idade do líder do PCC. Além disso, a defesa destacou que também foram divulgados diálogos entre Marcola e uma de suas advogadas, o que foi considerado uma "violação ao Estado Democrático de Direito e aos princípios constitucionais".

A defesa também mencionou que Marcola está proibido de abraçar seus familiares durante as visitas e que não pode ter contato com seu irmão, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, conhecido como Marcolinha, que também está preso na Penitenciária Federal de Brasília. Essas restrições foram apontadas como uma violação à dignidade humana.

Ainda na ação, o advogado de Marcola alegou que a alimentação fornecida a seu cliente na prisão é de péssima qualidade, causando danos à saúde do líder do PCC, incluindo perda de peso.

Apesar dos argumentos apresentados, Marcola decidiu retirar a ação, deixando sem efeito o pedido de indenização por danos morais que havia sido estipulado em no mínimo R$ 74 mil.

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O colunista procurou o advogado para entender os motivos que levaram o líder da PCC a desistir da ação indenizatória. O defensor preferiu não comentar o assunto.

Fonte: Redação Terra
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