Seis das sete pessoas envolvidas no sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca, e sua amiga, Taís Moreira, foram condenadas pelo Tribunal de Justiça de Itaquaquecetuba (SP). A informação é do colunista do UOL, Rogério Gentile.
O craque foi sequestrado após sair de um show na Neo Química Arena, em Itaquera, em 17 de dezembro. Ao deixar o estádio, ele foi até Itaquaquecetuba deixar ingressos para Taís.
Segundo o site, o juiz Sérgio Cedano aponta que "as consequências do delito são nefastas, traumatizando as vítimas de forma irreversível", e diante de tudo o que foi levantado, condenou seis dos sete acusados.
Veja quem são:
- Caio Pereira da Silva e Jones Ferreira - eles teriam rendido e levado Marcelinho e Taís para o cativeiro. Eles receberam a pena de 28 anos e cinco meses de prisão e 24 anos e quatro meses de prisão, respectivamente;
- Camily Novais da Silva e Thauannata Lopes dos Santos - apontadas como responsáveis por procurar familiares e amigos para pedir o resgate. Ambas foram condenadas a 21 anos e quatro meses de prisão;
- Eliane Amorim e Wadson Fernandes Santos - teriam fornecido as contas bancárias para o recebimento dos pagamentos, sacados e transferido o montante. A dupla recebeu a pena de 24 anos e 4 meses de prisão.
O único que ainda não foi condenado é Matheus Cândido Costa, que seria o terceiro suspeito armado que rendeu Marcelinho e sua amiga. O processo ao qual responde foi desmembrado, pois até agosto deste ano, estava foragido. Os réus ainda podem recorrer da sentença.
Ainda conforme o site, Caio afirmou na Justiça que era inocente, enquanto Jones, Wadson e Eliane disseram que não havia provas de participação deles no crime. Camily também negou as acusações, alegando que foi acusada apenas por "conhecer pessoas envolvidas", e declarou ter sido citada por uma pessoa presa em flagrante que tem “inúmeros motivos pessoais” para pode incriminá-la.
Thauannata disse que estava "no local errado, na hora errada", que era a casa de seu namorado, Caio, e que não cometeu nenhum crime.
Relembre o caso
O sequestro de Marcelinho e Taís ocorreu na noite de 17 de dezembro. Ao deixar o estádio, ele foi até Itaquaquecetuba deixar ingressos para a amiga. Já era madrugada, e o carro do ex-jogador, um Mercedes-Benz C250, chamou a atenção dos suspeitos. Eles foram abordados e sequestrados.
"Passaram quatro pessoas, cinco pessoas. Quando voltei para ver, fui encapuzado, e o cara já veio apontando [a arma]. E eu, desesperado", contou Marcelinho ao Fantástico. "Eu disse: 'Não, por favor, eu sou o Marcelinho Carioca'."
Taís estava no banco de trás do carro neste momento, quando ele recebeu uma coronhada. Segundo ele, os criminosos estavam muito nervosos. A quadrilha pediu cartões bancários e senhas, e exigiu o desbloqueio do celular para ter acesso aos aplicativos de banco e fazer transferências via PIX. Foi neste momento que Marcelinho e a amiga foram levados para o cativeiro.
O ex-jogador e a amiga sofreram diversas ameaças e viveram momentos de pânico no local. A polícia chegou até Marcelinho após o carro ter sido encontrado abandonado. O veículo estava no nome do advogado do craque, Eduardo Pinheiro Rodriguez, que relatou que tentou se comunicar sem sucesso.
A polícia foi acionada e logo começou a procura por ele. Sabendo que as autoridades procuravam pela vítima e para tentar despistar, os suspeitos o obrigaram a gravar o vídeo, no qual falava que havia sido sequestrado após sair com uma mulher casada.