O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) dos Atos Golpistas nesta terça-feira, 8, usando uma tornozeleira eletrônica.
Em 14 de janeiro, Torres foi preso sob suspeita de negligência nos ataques do dia 8 do mesmo mês. Após quase 4 meses, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu sua soltura mediante a adoção de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de qualquer comunicação entre o ex-ministro e outras pessoas sob investigação.
No começo da sessão, o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), leu partes da decisão emitida por Moraes. A determinação também estabeleceu a restrição de contato pessoal e individual com os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Sobre essa questão, Maia esclareceu que a Advocacia do Senado havia argumentado que os parlamentares poderiam permanecer no mesmo espaço que Torres.
"Destaco a posição da Advocacia do Senado Federal sobre o aspecto da incomunicabilidade mencionada no habeas corpus. Anderson Torres não pode falar com Marcos do Val ou Flávio Bolsonaro, mas a decisão não impede que estejam no mesmo recinto, desde que não se comuniquem. Esperamos que os senadores Flávio e do Val não tenham nenhum tipo de contato, de relacionamento aqui com o Dr. Anderson Torres", afirmou