Laudo conclui que Porsche estava a 156 km/h no momento do acidente; limite da via é de 50km/h

Acidente entre carro de luxo e Renault Sandero acabou matando motorista de aplicativo

23 abr 2024 - 11h00
(atualizado às 12h26)
Resumo
Quando provocou o acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Santana, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, dono da Porsche, estava a 156 km/h, 3 vezes acima do limite da faixa da Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, em São Paulo.
Porsche estava em velocidade muito acima do permitido na via
Porsche estava em velocidade muito acima do permitido na via
Foto: Policia Civil de SP/Divulgação / Estadão

Quando bateu no Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Santana, o Porsche do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho estava a 156 km/h. A velocidade é três vezes maior que o limite da Avenida Salim Farah Maluf, onde ocorreu o acidente que matou Ornaldo. Na via, o máximo permitido é de 50 km/h. A informação está no laudo divulgado pela Polícia Técnico-Científica e foi confirmada pelo Ministério Público de São Paulo ao Terra

A velocidade do carro de luxo no momento da colisão foi estimada pelos peritos após a análise de imagens de câmeras de segurança, que registraram o ocorrido. No entanto, o laudo apresentado é apenas um dos documentos a serem entregues para a Polícia Civil. O Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML) também devem preparar conclusões. 

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Em nota, o Ministério Público de São Paulo informou ainda que solicitou mais uma comprovação. "O MPSP pediu perícia escaner em 3D para elucidar o acidente com detalhes", diz comunicado.

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

O acidente aconteceu na madrugada do dia 31 de março, na via localizada no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Fernando Sastre conduzia o carro de luxo com a presença de um amigo, o estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha. Em alta velocidade, ele colidiu com o Sandero de Ornaldo e matou o motorista de aplicativo. O amigo do dono da Porsche, que estava no banco do carona, ficou gravemente ferido. 

O que se sabe sobre o caso

No dia 31 de março, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 25 anos, conduzia um Porsche avaliado em mais de R$ 1 milhão quando bateu na traseira de um Renault Sandero. O acidente matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, que diriga o carro popular. 

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Vídeo mostra o momento em que Porsche bate em carro de motorista de aplicativo em SP
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A batida aconteceu por volta das 2 horas da manhã na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Depois de colidir com o veículo de Ornaldo, Fernando fugiu do local. Ele estava com um amigo, o estudante de medicina Marcus Vinícius, no momento do ocorrido. O jovem ficou gravemente ferido e chegou a ser internado. 

Já o motorista de aplicativo Ornaldo não teve a sorte de sobreviver à colisão. O condutor do Sandero até chegou a ser socorrido em parada cardiorrespiratória para o Hospital Tatuapé, mas morreu por conta de "traumatismos múltiplos".

Uma informação importante para as investigações é sobre o possível consumo de bebidas momentos antes da batida. Isso porque uma comanda a qual a TV Globo teve acesso mostra que o jovem chegou a gastar R$ 600 em consumo de bebidas alcóolicas em um restaurante da capital paulista pouco antes do acidente.

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A emissora também divulgou imagens de câmera de monitoramento que registraram o momento em que a garçonete de um restaurante retira os copos de bebidas alcoólicas da mesa de Fernando Sastre de Andrade Filho.

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O empresário foi até o local com a namorada, o amigo Marcus e a companheira dele, Juliana. Depois de ficar três horas no estabelecimento, os dois casais seguiram para uma casa de pôquer. Segundo os depoimentos coletados pela Polícia Civil, eles ficaram cerca de 2h30 na casa de jogos, até que começou uma discussão na saída. 

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Para a Polícia, Marcus e Juliana relataram que Fernando bebeu e que a discussão era para que ele não dirigisse, pois estava “alterado”. No entanto, o motorista do carro de luxo e a namorada negam a informação. 

Os policiais militares que atenderam a ocorrência não submeteram o empresário ao teste do bafômetro. A conduta dos agentes está sendo analisada, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Em nota, a pasta disse que a Polícia Militar instaurou uma sindicância e "comprovado o descumprimento dos procedimentos operacionais, os policiais serão responsabilizados".

Fonte: Redação Terra
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