Leptospirose: saiba como proteger as crianças atingidas nas enchentes

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul orienta pais e responsáveis sobre cuidados especiais em relação à leptospirose

6 jun 2024 - 10h12

Com as enchentes devastando o Rio Grande do Sul desde o final de abril, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça uma preocupação que está relacionada a uma das doenças mais comuns nesse cenário: a leptospirose. Transmitida pela água contaminada, pode causar febre, dor muscular e, em casos graves, complicações nos rins e no fígado. Para ajudar as famílias a protegerem seus filhos, a SPRS oferece orientações claras sobre como reconhecer os sinais da leptospirose, como proceder em casos de suspeita e medidas preventivas importantes.

Foto: Canva / Porto Alegre 24 horas

"Queremos que os pais se sintam seguros e informados sobre como agir em emergências, garantindo a saúde e prevenção dessa doença tão séria", afirma o presidente da SPRS, José Paulo Ferreira.

Publicidade

A Leptospirose é uma doença causada por uma bactéria chamada Leptospira. Ela é transmitida quando entramos em contato com água contaminada, seja através da pele machucada, das mucosas (como a boca) ou mesmo se ficarmos muito tempo em água parada, ou suja.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas iniciais podem ser confundidos com uma gripe forte: dor muscular, febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, podem surgir icterícia (pele amarelada), problemas nos rins e hemorragias. Para diagnosticar, são feitos exames de sangue para verificar a presença da bactéria.

Tratamento

Publicidade

O tratamento é geralmente feito com antibióticos. Se a pessoa está em casa, pode tomar remédios por via oral, como doxiciclina ou azitromicina. Se a situação é mais grave e requer hospitalização, o tratamento pode ser feito com antibióticos injetáveis, como amoxicilina ou ceftriaxona.

Prevenção

Durante enchentes, o risco de contrair leptospirose é maior em água parada ou suja, especialmente depois que as águas baixam. Pessoas que trabalham em resgates ou voluntariado são mais propensas, assim como quem teve submersão, bebeu água contaminada ou tem feridas na pele. Para esses casos, pode ser recomendada uma dose única de antibiótico como medida preventiva.

*Com a informação SPRS/Marcelo Matusiak (Assessoria)

Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se