Líderes mundiais condenam massacre de Orlando

Chefes de Estado e de governo expressam condolências aos Estados Unidos e reforçam urgência de combate a crimes de ódio.

13 jun 2016 - 06h22
(atualizado às 07h47)
A chanceler alemã Angela Merkel ao lado do primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
A chanceler alemã Angela Merkel ao lado do primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
Foto: EFE

Uma série de líderes mundiais manifestaram-se sobre o massacre que deixou 50 mortos e 53 feridos numa casa noturna gay de Orlando, na Flórida, nesse domingo (12).

"Nós estamos firmemente determinados a continuar com uma vida tolerante e aberta, mesmo que ataques mortais como esse nos causem profunda tristeza", declarou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que iniciou uma visita oficial à China nesta segunda-feira.

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Ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, Merkel afirmou que é assustador que "o ódio e a maldade de um só homem tenha custado a vida de 50 pessoas". Omar Mateen, de 29 anos, cidadão americano de origem afegã jurou lealdade ao grupo "Estado Islâmico" (EI) antes do ataque.

O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, condenou o ataque supostamente planejado devido à orientação sexual das vítimas.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou condolências ao presidente americano, Barack Obama, e disse que a Rússia compartilha da dor e da tristeza dos familiares das vítimas do "crime bárbaro".

O presidente de Israel, Reuvén Rivlin, lamentou o massacre no clube Pulse. "O ataque contra a comunidade LGBT de Orlando é tão covarde quanto anormal", escreveu em comunicado dirigido a Obama. "O povo de Israel se mantém ombro a ombro com nossos irmãos e irmãs americanos na luta moral e justa contra toda forma de violência e ódio", disse.

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O governo japonês expressou solidariedade com os Estados Unidos "neste momento difícil". "O terrorismo é um desafio contra os valores que o Japão e os EUA compartilham. Seguiremos trabalhando na luta contra o terror junto à comunidade internacional", afirmou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que se mostrou "profundamente comovido e indignado".

No domingo, Obama classificou o pior massacre a tiros da história recente dos EUA como um ato de terror e ódio. "O massacre nos lembra como é fácil pôr as mãos numa arma que permite a eles atirar em pessoas em escolas, em uma casa de culto, cinemas e clubes noturnos", disse Obama ao reforçar a necessidade de debate sobre o porte de armas no país.

Homenagem no Tony Awards

Na noite de domingo, a cerimônia do Tony Awards, considerado o Oscar do teatro, homenageou vítimas do massacre.

"A tragédia de vocês é a nossa tragédia. O teatro é um lugar onde há espaço para todo mundo, todas as raças, orientações sexuais e credos. O ódio nunca vencerá", disse o apresentador britânico James Corden no início do evento.

O musical de hip hop Hamilton venceu a premiação com 11 estatuetas. Ao anunciar o vencedor, a atriz Barbra Streisand se juntou aos atores presentes no palco e prestou uma homenagem aos mortos em Orlando.

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"Hoje a nossa alegria é tingida de tristeza. A arte pode nos educar e divertir e, em momentos como esse, nos consolar", disse.

KG/efe/rtr/afp/dpa

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