Menos de uma semana após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais, líderes evangélicos que apoiavam Bolsonaro agora pedem orações para o petista. O líder da Igreja Universal, bispo Edir Macedo, publicou um vídeo nesta quinta-feira, 4, falando em perdão ao se referir ao presidente eleito.
Macedo disse que orou pela vitória de Jair Bolsonaro (PL), mas disse que a vontade de Deus foi feita nas eleições. "Ele (Lula) se candidatou, o povo votou e ele ganhou. Ele, supostamente, ganhou segundo a vontade de Deus. Mas quem ganhou fomos todos nós."
Ainda no domingo, 30, outro importante apoiador de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, pediu bênçãos a Lula durante um culto no Rio de Janeiro. "Bênção sobre Lula, governadores, senadores, deputados e que a mão de Deus esteja sobre a nação", afirmou.
Nesta sexta, 4, no entanto, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em seu perfil nas redes sociais que "dispensa o perdão de Edir Macedo" e que é o bispo quem precisa pedir perdão pelas "mentiras que propagou", o que, segundo ela, "induziu milhões de pessoas a acreditarem nas barbaridades sobre Lula e o PT".
A resposta de Hoffmann dividiu opiniões, com alguns citando que seria um "revanchismo", pedindo para "não dinamitar pontes com os evangélicos'' e que não é momento de "tensionar".
Outros, por outro lado, apoiaram o posicionamento, alegando que líderes religiosos "teriam ajudado a criar todo esse ódio" em torno do petista.