Lula anuncia a volta do Bolsa Família nesta quinta

Famílias que vivem com uma renda de até R$ 218 por pessoa têm o direito de receber o auxílio.

2 mar 2023 - 10h28
(atualizado às 10h34)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá anunciar, oficialmente, a volta do Bolsa Família nesta quinta-feira (02), em uma cerimônia agendada para as 11h, no Palácio do Planalto. O presidente irá assinar, no evento, a medida provisória (MP) com as novas regras. O benefício substituirá o Auxílio Brasil, formulado no governo de Jair Bolsonaro (PL).

O programa terá valor mínimo de R$ 600, quantia prometida por Lula durante sua campanha presidencial. Famílias que se encontram abaixo na linha da pobreza ou da pobreza extrema, ou aqueles que vivem com uma renda de até R$ 218 por pessoa da família, têm o direito de receber o auxílio.

A reedição da bolsa contará com benefícios extras em relação à sua configuração original, vinculados a gestantes, crianças e adolescentes. Será feito um pagamento adicional R$ 150 por cada criança da casa com até seis anos e de R$ 50 para os dependentes de sete a 18 anos incompletos. Gestantes também receberão um valor extra, este de R$ 50.

Novas regras

Também voltarão a ser exigidas condições para receber o auxílio que foram retiradas por Bolsonaro. As famílias irão precisar comprovar a frequência escolar dos jovens e crianças, o acompanhamento pré-natal das gestantes e manter atualizado o caderno de vacinação com todos os imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, para não perder o benefício.

A nova edição do programa também exige regras mais rígidas e um pente fino no Cadastro Único. Esta medida foi estabelecida após acontecer uma explosão no número de beneficiários declarados como família "unipessoal" (de uma pessoa só), no ano de 2022. Isso mostrou que, provavelmente, pessoas de uma mesma família estavam conseguindo receber mais de um benefício.

Governo Bolsonaro e campanha eleitoral

Durante o governo de Jair Bolsonaro, o auxílio ficou sem reajuste por três anos e chegou a 2021 pagando uma média de R$ 187 por família beneficiada.

Entretanto, em 2020 e 2021, durante a pandemia, as famílias mais pobres receberam o benefício temporário do Auxílio Emergencial, em valores partindo de R$ 600 e depois de R$ 400. Além de Lula, o aumento da bolsa para pelo menos R$ 600 também foi uma promessa de campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Também voltarão a ser exigidas condições para receber o auxílio que foram retiradas por Bolsonaro
Também voltarão a ser exigidas condições para receber o auxílio que foram retiradas por Bolsonaro
Foto: Flickr / Perfil Brasil
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