O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preparado para enviar ao Senado Federal, na próxima semana, indicações de novos diretores para o Banco Central. Esta movimentação faz parte de uma reestruturação estratégica na autarquia monetária, onde três novos nomes foram escolhidos para assumir posições importantes. Se aprovados, estes diretores começarão seus mandatos em janeiro de 2025. Entre os indicados, estão Izabela Correa, Gilneu Vivan e Nilton David.
Quem são os novos indicados ao Banco Central?
Izabela Correa é uma servidora de carreira do Banco Central desde 2006 e atualmente atua como secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União. Possui um doutorado em Governo pela London School of Economics and Political Science e é mestre em Ciência Política pela UFMG. A sua indicação é para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
Já Gilneu Vivan é um veterano no Banco Central, iniciando sua carreira em 1994 e atualmente liderando o Departamento de Regulação do Sistema Financeiro. Com formação em Economia pela UnB e UFRGS, ele também representou o Brasil em importantes grupos internacionais. Sua experiência é vista como um ativo essencial para a diretoria de Regulação.
Por outro lado, Nilton David traz uma vasta experiência do setor privado, sendo atual chefe de Operações de Tesouraria do Bradesco. Com formação em Engenharia de Produção pela USP, ele já trabalhou em várias instituições financeiras de renome, tanto no Brasil quanto no exterior, e foi indicado para a diretoria de Política Monetária.
Senado receberá três indicações para a Diretoria do Banco Central. https://t.co/Kogu9M5vHW
— Banco Central BR (@BancoCentralBR) November 29, 2024
Próximos passos
Após o envio das indicações ao Senado, cada indicado passará por um processo de "beija-mão", visitando senadores para conquistar apoio. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Vanderlan Cardoso, deverá agendar as sabatinas. Este procedimento pode ser realizado simultaneamente para os três indicados. A aprovação ainda em 2024 seria ideal, considerando o recesso do Congresso que inicia em 22 de dezembro.
Se a análise não for concluída dentro deste prazo, as nomeações poderão ser transferidas para a próxima legislatura, que começará formalmente em março de 2025. Estes passos são cruciais para garantir que o novo Comitê de Política Monetária (Copom) esteja totalmente composto e operativo para sua primeira reunião no final de janeiro.