Lula não acredita que será solto

Deputado Wadih Damous visitou o petista na Superintendência da PF em Curitiba e ex-presidente está cético sobre sua soltura

8 jul 2018 - 16h32
(atualizado às 16h36)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não acredita que possa sair da prisão neste domingo, 8, afirmou o deputado Wadih Damous após visitar o petista na Superintendência da PF em Curitiba. O parlamentar foi um dos autores do pedido de habeas corpus para soltar Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Lula não acredita em sua soltura
Lula não acredita em sua soltura
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O desembargador João Paulo Gebran Neto, relator do caso de Lula no TRF-4, revogou a soltura do ex-presidente. O habeas corpus havia sido concedido pelo desembargador plantonista Rogério Favreto, também do TRF-4.

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"Desde que eu lhe dei a notícia que nós havíamos obtido essa ordem, ele Lula estava muito cético. Ele não acreditava que pudesse ser cumprida. Ficou muito claro. Não abalou a moral dele até porque ele não acreditava", disse o parlamentar, em entrevista coletiva em Curitiba.

Agora, disse o deputado, caberá à defesa de Lula tomar providências na Justiça sobre eventuais recursos.

Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous afirmaram que houve um "sequestro político" do ex-presidente e uma ação ilegal combinada entre o TRF-4, o juiz Sérgio Moro e a Polícia Federal. Para eles, Moro e Gebran Neto não poderiam intervir no habeas corpus e a decisão de soltar Lula só poderia ser revogada por um colegiado do tribunal em Porto Alegre.

Após a decisão pela soltura, Moro se recusou a cumprir a decisão alegando que o desembargador de plantão no TRF-4 era "incompetente para sobrepor-se à decisão" do colegiado da 8ª Turma do TRF-4, que determinou a prisão imediata de Lula em abril. 

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"Para nós, está claro que o doutor Sérgio Moro está se comportando como uma espécie de capitão do mato como proprietário do corpo do ex-presidente", atacou Damous. Ele reforçou que os deputados vão insistir na soltura de Lula em instâncias superiores e "denunciar" a atitude de Moro.

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