Uma professora foi vítima de agressão perpetrada pela mãe de uma aluna ao término de seu expediente na escola onde leciona, situada em Lajeado, região do Vale do Taquari. O incidente ocorreu por volta das 22h30 da última segunda-feira (21), após as atividades encerrarem no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco.
A docente agredida, identificada como Claimeri Pasa, foi atacada com golpes utilizando um capacete, resultando em lesões na mão, braço e cabeça. A identidade da agressora não foi revelada. A diretora da escola também foi empurrada ao tentar separar a mãe da aluna envolvida, de acordo com informações fornecidas pela Polícia Civil.
O motivo subjacente às agressões parece estar ligado a um conflito prévio entre duas alunas da instituição ocorrido na semana anterior. Em 15 de agosto, a filha da mulher agressora teve um desentendimento com outra estudante, cujo incidente foi gravado em vídeo e posteriormente compartilhado em plataformas de mídia social.
Ambas as alunas receberam suspensões de três dias, sendo o incidente registrado oficialmente pela Polícia Civil. O Conselho Tutelar também interveio, considerando que as partes envolvidas são adolescentes. O órgão orientou os pais, a escola e as alunas durante sua intervenção no caso.
O delegado Humberto Röhrig, pertencente à Delegacia de Polícia de Estrela, confirmou que o caso está atualmente sob investigação.
Dado que a instituição em questão é uma escola estadual, a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (3ª CRE), vinculada à Secretaria de Estado da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc), está monitorando a situação, considerando que o ocorrido se deu dentro de sua área de responsabilidade. Conforme comunicado divulgado, a professora agredida está recebendo apoio psicológico, e sua condição física e mental passará por avaliação antes de seu retorno às atividades letivas.
Confira a nota da 3ª Coordenadoria Regional de Educação:
Sobre o caso ocorrido no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, de Lajeado, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informa que a equipe diretiva acionou imediatamente a Brigada Militar e a Polícia Civil para o registro da ocorrência. A responsável pelas agressões também foi encaminhada pelas forças de segurança para os devidos esclarecimentos.
O atendimento à docente está sendo priorizado neste momento com atendimento psicológico e suas condições físicas e psicossociais serão avaliadas para que ocorra o seu retorno à sala de aula.
O trabalho preventivo contra a violência também ocorre de forma articulada com as Coordenadorias Regionais de Educação (CRE), com as equipes diretivas, professores e demais membros da comunidade escolar de cada região.
Também há, nas escolas estaduais, as Cipaves (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar), que trabalham em parceria com as demais secretarias de governo, com atividades de conscientização e orientação.
A 3ª CRE já solicitou o reforço de policiamento à Brigada Militar para reforçar a segurança no entorno da instituição de ensino.
A equipe diretiva da escola também já organizou, para esta quinta-feira (24), uma ação do Programa Cipave+ na escola, onde estarão presentes alunos, professores e representantes das forças de segurança. Na próxima semana, de forma complementar, ocorrerá um novo encontro com a presença de pais e responsáveis dos estudantes com representantes do Ministério Público. A iniciativa visa a prevenir casos de violência escolar a partir de um grande diálogo com a comunidade escolar.