Trabalhadores sem-terra e integrantes do Levante Popular da Juventude e do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) ocuparam a entrada da mineradora Samarco, em Mariana (MG), nesta sexta-feira, data que marca seis anos do mortal rompimento de uma barragem de mineração.
Os manifestantes divulgaram fotos do protesto contra o que chamam de "impunidade" no caso. Eles colocaram faixas na entrada da unidade, com palavras contra a Samarco e a Vale e BHP, donas da mineradora.
"São seis anos desde o fatídico dia 5 de novembro de 2015, onde nos deparamos com o rompimento da barragem de Fundão, maior crime ambiental da história do Brasil, que ceifou a vida de 19 pessoas e condenou o Rio Doce à lama da nascente à foz", afirmaram os manifestantes em nota.
Procurada, a Samarco confirmou que os manifestantes estavam em frente à empresa e que não entraram na unidade. Disse ainda que a manifestação não impacta a produção.
A Samarco afirmou também, por meio da assessoria de imprensa, que "segue firme em seu compromisso com as ações de reparação e compensação dos impactos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, que jamais serão esquecidos pela empresa".
A empresa reafirmou seu comprometimento com a reparação de danos e com o Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) firmado, em março de 2016, pela Samarco e seus acionistas, Vale e BHP, governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo e outras entidades.
Até o momento, disse a Samarco, já foram indenizadas mais de 336 mil pessoas, tendo sido destinados mais de 15,57 bilhões de reais para as ações executadas pela Fundação Renova, que conduz ainda ações de recuperação da flora e fauna, além dos processos de reassentamentos que contam com a participação dos atingidos e do poder público.
A companhia disse ainda que, com a retomada gradual das atividades da Samarco, "de forma mais segura e sustentável", a empresa reforça o cumprimento de suas obrigações nos campos social e ambiental.