Além de São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Brasília e Porto Alegre também registraram neste domingo, 25, manifestações com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e cobranças para que o presidente Jair Bolsonaro vete totalmente à Lei de Abuso de Autoridade. Os atos em todo o País foram convocados pelas redes sociais. No Rio, um humorista foi expulso do ato após fazer críticas ao presidente.
Na capital federal, em Recife e no Sul, também estavam na pauta o apoio à indicação do coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, para a Procuradoria Geral da República (PGR), a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para penitenciária em São Paulo, além do impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
Em BH, sanitários químicos alugados por fundadores do Patriotas, que participaram da organização do ato junto com o movimento Vem Pra Rua, tiveram cartazes pregados com a inscrição "STF - Sanitário Togado Fedorento". Pela primeira vez em atos pró-Bolsonaro em BH, ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficaram em segundo plano.
"As pessoas elegeram Jair Bolsonaro para ele mudar o que vinha ocorrendo no país em relação à corrupção", afirma a coordenadora do Vem Pra Rua na cidade, Kátia Pegos, que acredita em possível perda de apoio da população ao presidente caso a lei não seja vetada integralmente.
Para a militante, as instituições estão querendo se blindar contra investigações. "Há indícios de que o presidente não está sendo tão incisivo como deveria nesta questão. Bolsonaro não tem que ter medo de enfrentar deputados, senadores ou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O povo está com ele", disse.
Mensagens eram exibidas e lidas por manifestantes do alto de um caminhão de som do Vem Pra Rua na capital mineira. "Não elegemos Bolsonaro para abafar investigações contra bandidos", dizia uma delas. "Veta tudo, Bolsonaro", afirmava outra. Faixas e cartazes também cobravam o veto do presidente à lei.
"Como a própria lei já fala, ela vai limitar a ação da autoridade no nosso país. Não podemos deixar que isso aconteça", defendeu o presidente do movimento Liberta Pernambuco, Wilker Cavalcanti, em Recife. A empresária Fatima Soares, de 64 anos, levou os quatro netos para a manifestação na capital pernambucana. "As novas gerações precisam saber o que estamos defendendo. É o futuro do País e deles mesmos. Por isso, quero que aprendam desde cedo", disse.
Em Brasília, os manifestantes se reuniram em frente ao Congresso Nacional pela manhã, vestidos de verde e amarelo. Havia um boneco inflável do ministro da Justiça, Sergio Moro, vestido de Super-Homem.