Mauro Cid sobre transporte de joias em mochila: 'Esse foi o grande problema'

O ex-ajudante de ordens postou o comentário em um perfil de humor da rede social X (antigo Twitter)

4 set 2023 - 08h57

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que esse "foi o grande problema", quando comentou em uma postagem da rede X (antigo Twitter) tuíte sobre o fato de as joias sauditas terem entrado de modo clandestino e, depois acabarem apreendidas na Receita Federal.

Michelle e Jair Bolsonaro (esq) e parte do kit de joias dados pelo governo saudita (Crédito
Michelle e Jair Bolsonaro (esq) e parte do kit de joias dados pelo governo saudita (Crédito
Foto: Reprodução/Redes Sociais / Perfil Brasil

O colar de diamantes e o Kit Rose Gold foram presentes do governo saudita à Presidência da República, em outubro de 2021. Na volta, a comitiva do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, chegou com os itens no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

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O colar de diamantes ficou retido na Receita Federal. Já o Kit Rose Gold, com o relógio da marca Chopard, entrou clandestinamente em uma mochila de um assessor do ministro.

Cid escreveu a mensagem no dia 4 de março deste ano em uma conversa com o advogado e ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten.

O ex-ajudante de ordens fez menção ao "grande problema" do caso em uma postagem de um perfil de humor que relatava que caso as joias fossem um presente elas estariam uma mala diplomática e que constaria o registro do presente ao Estado. A mensagem ainda questionava o motivo de alguém trazer "escondido na mochila".

A jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, revelou que, ao falar das joias, Cid chegou a admitir, em 5 de março deste ano, que os itens eram de "interesse público, mesmo que sejam privados". Ele ainda tirou fotos de imagens da Lei 8.394 e sublinhou o trecho em que a norma descreve que, em caso de venda, a União teria preferência.

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A menção de Cid ao fato das joias serem "bens de interesse público" contradiz o movimento recente da defesa de Jair Bolsonaro que chegou a pedir a devolução das joias ao TCU alegando que os itens pertenceriam ao ex-presidente.

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