O médico Vanderson Rocha, conhecido por tratar Reynaldo Gianecchini em 2012 durante sua batalha contra um linfoma não-Hodgkin, voltou a encontrar o ator no último domingo (12). Agora, os papéis se inverteram: Rocha está em tratamento contra um tipo raro de câncer e relatou nas redes sociais o emocionante reencontro com o artista.
Na publicação, Vanderson relembrou o dia exato em que, 11 anos antes, realizou o autotransplante de células-tronco de Gianecchini, um procedimento essencial no tratamento do linfoma não-Hodgkin, que afeta o sistema linfático. "Ali nascia também uma amizade que dura desde então", escreveu o médico, que atualmente é professor titular de hematologia na USP.
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Rocha revelou que foi assistir à peça Brilho Eterno, estrelada por Gianecchini, e riu com o ator da "inversão de papéis". "Ali estava eu, careca, cansado dos efeitos da quimioterapia, e ele me incentivando e dizendo que logo passa! Talvez eu tenha dito as mesmas coisas para ele quando era meu paciente. As fotos são o flagrante do quanto o mundo é redondo", comentou, emocionado.
Gianecchini não demorou a responder à publicação do médico, escrevendo: "Serei sempre grato." A postagem também tocou os seguidores de Rocha, que compartilharam mensagens de apoio e inspiração.
Reynaldo Gianecchini foi diagnosticado em 2011 com linfoma não-Hodgkin, um câncer que se origina nos linfócitos, células do sistema imunológico. Esse tipo de câncer é considerado agressivo, mas, com tratamentos avançados, muitos pacientes alcançam a cura. Gianecchini foi submetido a um autotransplante de células-tronco, um procedimento em que o paciente recebe suas próprias células saudáveis para reconstituir a medula óssea após a quimioterapia.
Já Vanderson Rocha está enfrentando um tipo raro de câncer em adultos, mais comum em crianças. Embora ele não tenha especificado publicamente o nome da doença, tipos raros como a leucemia linfoblástica aguda (LLA) são mais prevalentes em crianças, mas também podem ocorrer em adultos. Esse câncer afeta os glóbulos brancos na medula óssea, e o tratamento costuma incluir quimioterapia intensiva e, em alguns casos, transplantes de medula óssea.