Michelle Bolsonaro se ajoelha, chora e pede 'despertar' dos Poderes

Em culto promovido pela Frente Parlamentar Evangélica, na Câmara, primeira-dama fala em 'avivamento' no Executivo, Legislativo e Judiciário

4 mai 2022 - 16h51
(atualizado às 17h30)
Michelle Bolsonaro se ajoelha, chora e pede 'despertar' dos Poderes
Michelle Bolsonaro se ajoelha, chora e pede 'despertar' dos Poderes
Foto: Reprodução/Estadão Conteúdo

O comando da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição decidiu aproveitar a imagem da primeira-dama Michelle Bolsonaro para atrair o voto feminino. Nesta quarta-feira, 4, Michelle participou de um culto promovido pela Frente Parlamentar Evangélica em um plenário da Câmara e, de joelhos, pediu que haja um "avivamento" no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.  

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O termo avivamento é usado por religiosos para se referir a um processo de "despertar" e renovação espiritual. Sob gritos de "Aleluia" e "Glória a Deus!", Michelle chorou e pediu que Deus interceda para "curar" a Nação. A oração da primeira-dama foi feita em um momento de confronto entre Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) após o indulto concedido por ele ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por incentivar atos contra a democracia.

Michelle Bolsonaro participa de ato da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara dos Deputados; comando da campanha bolsonarista quer que a primeira-dama ajude a atrair o eleitorado feminino. Foto: Divulgação/Frente Parlamentar Evangélica

"Pai, estenda suas mãos para a nossa amada Nação. (...) Nós cremos numa geração santa, curada e restaurada pelo sangue de Jesus", disse Michelle no culto com pregação do pastor Josué Valandro, da Igreja Batista Atitude, que ela frequenta.

Governo Bolsonaro

    A estratégia traçada pelo núcleo da campanha bolsonarista prevê a presença de Michelle em cerimônias do governo e também em viagens, participando de atos com evangélicos. Embora tenha apresentado crescimento nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro ainda enfrenta forte resistência no eleitorado feminino. Na disputa de 2018, mulheres chegaram a criar o movimento "Ele não", que começa a se repetir agora.

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