Michelle ora, pede votos e ataca 'inimigos', ao lado de Bolsonaro na largada da campanha

Primeira-dama, trunfo do comando da reeleição, acusa oposição de ter tentado matar o seu marido e pede que eleitores não deixem que 'Nação tão amada caia na mão' do PT

16 ago 2022 - 18h10
(atualizado às 18h58)

A primeira-dama Michelle Bolsonaro discursou, orou e pediu votos, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG), no primeiro ato de campanha do candidato à reeleição pelo PL. Vista pelos aliados do chefe do Executivo como um trunfo para conquistar votos de mulheres e fidelizar o apoio dos evangélicos, Michelle disse que a campanha é um "milagre de Deus". Em tom aguerrido, pediu que os eleitores não deixem o País na mão de "inimigos", em referência velada ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto - Bolsonaro é o segundo. 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, participaram da 'Marcha para Jesus' no sábado (13/08)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, participaram da 'Marcha para Jesus' no sábado (13/08)
Foto: Estadão

"Essa campanha, mais uma vez, é um milagre de Deus. Começou em 2019 (2018, ano da facada), quando Deus fez o milagre na vida do meu marido, porque aqueles que pregam o amor e a pacificação (a oposição) atentaram contra a vida dele. Mas Deus é maior e a justiça do Senhor será feita", declarou a primeira-dama, ao lado de Bolsonaro, no palco onde os dois discursaram no centro da cidade mineira. "Que Deus dê sabedoria e discernimento ao nosso povo brasileiro, para que não entregue o nosso País, a nossa nação tão amada por Deus na mão dos nossos inimigos", emendou.

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Em 6 de setembro de 2018, Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora por Adélio Bispo, um ex-filiado ao PSOL com problemas mentais. Preso, foi declarado inimputável pela Justiça.

Nas últimas semanas, Michelle passou a acompanhar Bolsonaro em eventos, principalmente nas Marchas Para Jesus, que é realizada em diversas cidades do País. No último dia 6, a primeira-dama já havia discursado em tom religioso, em Recife (PE). Os evangélicos, em sua maioria, apoiam Bolsonaro, mas o presidente tem índices baixos de popularidade entre as mulheres.

No começo do mês, Michelle fez um culto no Palácio do Planalto, à noite. Em vídeos que circularam nas redes sociais, ela apareceu de Bíblia na mão, enquanto descia a rampa do Planalto com um grupo de religiosos. Hoje, no ato de campanha, rezou o "Pai Nosso".

Especial

    O comitê da reeleição quer passar a ideia de "renascimento" de Bolsonaro, tanto do ponto de vista religioso quanto nas pesquisas de intenção de voto. Levantamento do Ipec, divulgado ontem, mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro lugar, com 44%. Bolsonaro marcou 32%.

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    O presidente disse que o País, até há pouco tempo, era "roubado" pela "esquerdalha", em referência aos governos do PT".

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